Estima-se que o volume total de água no planeta Terra seja de 1,35 milhões de km³, o que é suficiente para ocupar uma esfera com diâmetro de 1.350 km. Porém, o mau uso desse recurso natural, aliado à crescente demanda, consequente do aumento da população mundial, tem levado à escassez de água potável.
Esse problema se tornou uma das maiores preocupações de especialistas e autoridades no assunto, que têm se empenhado em criar meios para despertar uma consciência de uso racional, bem como da preservação dos mananciais. Nesse contexto, conservar as nascentes é fundamental, uma vez que a maioria delas pode fornecer água o ano todo, mesmo em períodos de estiagem.
Segundo o professor Dr. Paulo Santanna e Castro, no curso Recuperação e Conservação de Nascentes, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “não existe uma receita padrão de técnicas para a conservação de nascentes. O que pode ser feito, é seguir algumas recomendações básicas. As nascentes que fluem uniformemente durante o ano, independente de seu entorno estar ou não coberto de vegetação, por exemplo, devem ser protegidas contra qualquer agente externo”.
Aquelas que apresentam vazões irregulares, necessitam da interferência do homem, por meio do aumento da infiltração e da diminuição da evapotranspiração ou pela combinação das duas. “Nessas interferências, deve-se dar preferência às técnicas vegetativas de conservação. Para isso, é preciso fazer a distribuição adequada da vegetação na bacia de contribuição da nascente, principalmente por meio da manutenção de cobertura nas encostas mais íngremes e nos topos dos morros, com espécies arbóreas, para favorecer a infiltração de água no solo”, acrescenta o professor.
Pode-se, também, buscar a melhoria do estado vegetativo das pastagens, por técnicas como rodízio, adubação, substituição de espécies forrageiras e adoção de sistemas silvipastoris, procurando sempre aumentar infiltração de água no solo. Além de usar técnicas de manejo dos cultivos agrícolas que protejam o solo.
Quanto à distribuição da vegetação na área de drenagem, é importante que, nas partes mais baixas, onde o lençol esteja a menor profundidade, as árvores e os arbustos sejam de raízes pouco profundas, evitando a exploração direta da água do lençol.
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