Produção de leite a pasto pode render até três vezes mais do que a de confinamento.
Um pasto bom e bem cuidado é o primeiro passo para um rebanho de qualidade. Aliado a um manejo bem feito, pode até triplicar a produção leiteira. Assim defende a técnica de produção intensiva de leite a pasto, que adapta o manejo para melhorar o pastejo. Neste sistema, a base da alimentação animal é o pasto, portanto, quanto melhor ele for, melhor a produtividade do rebanho.
Segundo o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Pedroso, existem registros de produtores que conseguem mais de 30 mil litros de leite por hectare. Ele esclarece também que, ainda que seja mais usado na produção intensiva (pois emprega técnicas de altos padrões e forragem de melhor qualidade), o sistema pode ser viável para os pequenos produtores.
Na verdade, o pesquisador explica que ele é mais recomendado para médias e pequenas propriedades, pois as técnicas são mais complexas e envolvem muito mais controle, o que é difícil em propriedades maiores. Ou seja, para ele, quanto menor a propriedade, mais fácil atingir um padrão maior de qualidade.
Para implementar o sistema, o custo pode variar bastante. Caso o produtor pretenda começar uma pastagem, o investimento pode variar de R$ 1.500 a R$ 3.500 reais, dependendo da economia e das condições físicas e climáticas da região. Pedroso afirma que só a alimentação costuma ser responsável por metade do custo. Mas é ela que garante o aumento de produtividade de até três vezes mais.
O pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Fermino Deresz, professor do curso Produção de Leite a Pasto, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, defende que, com o emprego das técnicas corretas, é possível ter bem mais lucros com a pecuária a pasto do que com a de confinamento.
Por: Maria Clara Corsino.
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