A época de chuvas constantes favorece o aparecimento da mastite, doença caracterizada pela inflamação da glândula mamária das vacas leiteiras e que, consequentemente, diminui a produção dos animais. A infecção é provocada por bactérias e tem como principais sintomas o inchaço do úbere e da teta.
É durante o período chuvoso que os bovinos ficam mais vulneráveis à doença, porque ficam mais tempo em contato com a lama e com as fezes que se espalham pela água. Esse é um ambiente altamente propício para o surgimento e propagação de bactérias.
A reação inflamatória que ocorre na glândula, em decorrência da mastite, causa alterações na composição do leite, tanto em termos de qualidade, quanto na quantidade dos componentes. Calcula-se que um único quarto infectado durante uma lactação pode reduzir a produção de leite de uma vaca em 10% a 20%.
No curso Prevenção e Controle de Mastite, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o professor Dr. José Renaldi Feitosa Brito, afirma que “os prejuízos causados pelos casos clínicos, que incluem o descarte do leite, gastos com antibióticos e, eventualmente, descarte do animal, podem somar o equivalente a 1.000 kg de leite por vaca/lactação”.
Uma das maneiras de identificar a doença é fazer o teste da caneca, antes de tirar o leite. O mais importante na prevenção é ter cuidados higiênicos antes, durante e depois da ordenha, dando especial atenção à higienização das tetas na pós-ordenha.
“Para que um programa de controle da mastite tenha sucesso, precisa considerar a prevenção da ocorrência de novas infecções e a redução da duração daquelas existentes. Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário aplicar práticas que permitam diminuir a exposição das extremidades das tetas aos patógenos e aumentar a resistência da vaca à infecções intramamárias”, acrescenta o professor, pesquisador da Embrapa Gado de Leite.
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