A codificação do genoma da cana-de-açúcar deve ajudar no aprimoramento da produção de bioenergia. Foto: Portal do Agronegócio.
Um estudo realizado em conjunto por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está catalogando as bases do DNA da cana-de-açúcar. Ao todo, foram desvendados 10,8 gigapares de bases, 33 vezes mais do que o resultado alcançado com o Projeto Genoma Cana, encerrado em 2001 e que durou 2 anos.
O Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (Bioen) é resultado de dois projetos coordenados pela bióloga molecular Glaucia Souza e a geneticista Marie-AnneVan Sluys, ambas professoras da USP. O objetivo é mapear os genes da cana-de-açúcar até 2013. Os pesquisadores pretendem coletar o máximo de dados possível para a compreensão do genoma da planta, muito importante para a produção de bioenergia.
Segundo as pesquisadoras, estudar o genoma já foi eficiente com outras plantas como sorgo e arroz, pois mostraram que conhecer a atividade genética é importante para o controle da planta. Neste caso, elas argumentam que o conhecimento sobre a cana poderá ajudar na produção e no aperfeiçoamento do etanol, uma vez que ele se tornou essencial para o avanço da energia renovável.
O engenheiro químico Paulo Anselmo Suarez, professor do curso Produção de Biocombustível, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que a produção de biocombustíveis precisa receber atenção dos órgãos de pesquisa, dos governos e das empresas privadas, uma vez que contribuem de forma sustentável para o desenvolvimento econômico brasileiro.
Por: Maria Clara Corsino.
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