
As ecobags são uma alternativa às sacolas plásticas e já viraram até artigo fashion. foto: Revista Crescer.
Das 27 capitais brasileiras, 17 proibiram o uso de sacolas plásticas nos supermercados. Em outras três (Fortaleza, Manaus e Curitiba), ainda tramitam nas Câmaras Municipais projetos de lei sobre o assunto que tem gerado polêmica em todo o Brasil. No entanto, mesmo com a aprovação da lei, em algumas cidades correm ações para suspendê-la.
Em São Paulo, a justiça considerou a lei inconstitucional, já que o município não possui autoridade para legislar sobre o meio ambiente. Mas, um acordo assinado pela Associação Paulista de Supermercados prevê que até o dia 3 de abril os estabelecimentos forneçam para os clientes sacolas biodegradáveis por R$ 0,19 ou caixas de papelão gratuitamente. Depois desta data, os próprios clientes devem providenciar as sacolas para o transporte das mercadorias.
No Recife, a justiça também julgou a lei inconstitucional, a lei que obriga os comerciantes a fornecerem sacolas biodegradáveis, que são degradadas mais rapidamente. A justificativa foi a mesma usada em São Paulo. Isto porque, segundo a Constituição, apenas a União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar sobre o meio ambiente. A ação foi suspensa, mas a capital recorreu da decisão.
Para o presidente do Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), Miguel Bahiense, a melhor solução seria o uso racional das sacolas plásticas. Isto porque alguns estudos mostraram que elas são mais adequadas para a acomodação do lixo. Segundo ele, a justificativa de que as sacolas lotam os aterros sanitários não procede, pois apenas 0,2% do material descartado é formado por sacolas, sendo que a matéria orgânica representa 65%. O ideal para Bahiense seria a incineração do lixo.
Já para a fundadora da Fundação Verde (Funverde), Ana Domingues, é preciso acabar com as sacolas plásticas e educar os consumidores a adotarem caixas de plástico ou sacolas retornáveis e, em último caso, a caixa de papelão. "As sacolas são produtos descartáveis que demoram mais de 500 anos para se desfazerem no ambiente", afirma.
Por: Maria Clara Corsino.
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