O lodo produzido em Estações de Tratamento de Água (ETA), se lançado diretamente na natureza polui rios e solos, podendo contaminar inclusive animais e seres humanos. Como forma de amenizar esse problema, uma pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP mostra que o lodo produzido em ETA's pode ser usado na produção de concreto para recomposição de calçadas. O concreto veda os resíduos tóxicos do lodo evitando danos ao meio ambiente e à saúde.
O professor coordenador da pesquisa, Valdir Schach, explica que esse resíduo geralmente não é reaproveitado, sendo jogado em cursos hídricos, prejudicando a natureza e o abastecimento de água. Na ETA, utilizou-se o cloreto de polialumínio composto (PAC), produto químico usado como coagulante dando origem ao lodo. O resíduo foi levado para o Laboratório de Saneamento da EESC, passando por lixiviação e solubilização. Só então começaram os testes para o aproveitamento do lodo na produção de concreto.
Dos vários testes feitos, chegou-se a uma mistura em torno de 10% de lodo. O concreto não traz riscos à saúde, pois todo o material tóxico do lodo, como metais pesados, ficam encapsulados, reduzindo-se bastante o risco de contaminação.
O professor Valdir alerta que o concreto com lodo não pode ser empregado em edifícios e casas, pois não existem leis que regulem esse uso. Daí utilizá-lo em calçadas. O engenheiro civil e sanitarista, Evaldo de Souza Lima, professor do curso Reciclagem de Entulho, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que o aproveitamento do lodo reduz os custos para sua destinação e preserva o meio ambiente.
Por: Maria Clara Corsino.
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