O faturamento das indústrias de leite longa vida deve ser 10% maior em 2011 em relação a 2010, chegando a um valor superior a 10 bilhões de reais. Isto representa um crescimento de 4% nas vendas, com um total comercializado de 5,7 bilhões de litros. Com resultados tão bons, o setor deve investir 1 bilhão de reais.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABVL), Laércio Barbosa, os investimentos devem ser espalhados por todo o país. Ele acredita que sejam aplicados principalmente na construção de novas fábricas, no aumento da capacidade produtiva e na modernização das que já existem, no marketing, na comunicação e na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos.
Segundo Barbosa, o grande crescimento do setor se deve ao aumento da renda da população, que gerou mais consumidores e maior demanda dos consumidores atuais. Estes exigem um produto diferenciado, com mais qualidade e segurança na produção. O leite longa vida responde atualmente por 76% do mercado nacional de leite fluido. Estimativas da ABVL apontam para um consumo de 51 litros per capita por ano. Isso significa um crescimento 2% acima do crescimento da população brasileira.
Barbosa acredita que o Brasil já superou a crise decorrente de denúncias sobre o uso de soda cáustica em laticínios. Pelo contrário, hoje o leite longa vida detém a confiança dos consumidores e o aumento nas vendas só reforça isso. Para o professor Nélio José de Andrade, do curso Higienização na Indústria de Alimentos, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o leite longa vida recebe o tratamento adequado. Mas ele defende que os consumidores devem sempre ficar atentos a alguma alteração no produto e cobrar das empresas se necessário.
Por: Maria Clara Corsino.
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