
No Brasil, a avicultura de corte tem adotado pelo menos três sistemas de produção. O de integração é realizado com o integrador sendo o único responsável pelas decisões operacionais. No sistema cooperativo, o criador participa da organização e das decisões, correndo, juntamente com o integrador, todos os riscos de um eventual fracasso das operações.
Já no sistema independente, o produtor é responsável por todo o processo e por qualquer decisão, assumindo todos os riscos envolvidos nas operações. Essa produção tende a desaparecer, por ser um sistema administrativamente pesado para o produtor.
Segundo o professor Dr. Tadeu Cotta, no curso Produção de Frango de Corte, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “qualquer que seja o sistema de produção, a criação comporta apenas um esquema geral conhecido por 'todos dentro – todos fora'. Isso quer dizer que todos os pintos entram de uma só vez no aviário, com um dia de idade, e dele também saem ao mesmo tempo, na época do abate”.
Esse esquema atende a razões de ordem veterinária, pois ele dificulta a propagação de microrganismos de plantéis mais velhos para os recém-chegados. Também se baseia na ideia que há necessidade de cumprir um espaço de tempo chamado de “vazio sanitário” das instalações.
Cotta explica que nesse tempo de descanso, o vazio sanitário, rompe-se o ciclo vital de agentes potencialmente causadores de doenças. “Os bons resultados alcançados com o esquema todos dentro - todos fora consagraram esse tipo de manejo no mundo inteiro. Também permite um tempo suficiente para se preparar o aviário para receber um novo lote de pintos”, diz o professor da Universidade Federal de Lavras, médico veterinário, doutor em fisiologia e biologia dos organismos e populações e especialista em produção de aves, alimentação animal e fisiopatologia da reprodução.
Além disso, o melhor modo de criar deve considerar também a idade de abate, a separação por sexo, a densidade de criação e o planejamento de entradas e saídas de lotes.
Por: Ariádine Morgan
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