A técnica de IATF - Inseminação Artificial em Tempo Fixo proporciona inseminação das fêmeas bovinas sem a necessidade de observação de cios. Além disso, induz ciclicidade nas fêmeas em anestro (ausência de cio), melhorando a eficiência reprodutiva.
Os benefícios proporcionados são muitos, como diminuição do intervalo entre partos, melhoramento genético, ganho de eficiência reprodutiva, nascimentos concentrados e homogeneidade de bezerros. Esta última vantagem ainda é uma tecnologia relativamente nova, mas tem sido bastante adotada nos rebanhos bovinos em todo o Brasil.
Esse programa de inseminação se tornou uma das principais ferramentas no melhoramento genético de plantéis bovinos e na melhora da eficiência reprodutiva de vacas em fazendas de corte. No ano de 2010, o Brasil inseminou 5 milhões de vacas por IATF, um crescimento de 53,7% em comparação ao ano anterior. De 2005 a 2010, a produção nacional saltou de 60.000 para 200.000 embriões transferidos/ano.
Quando a técnica é utilizada adequadamente, aproximadamente 50% das fêmeas sincronizadas emprenham. No entanto, aquelas que não conceberem nesse primeiro serviço podem ser novamente sincronizadas ou colocadas com touros para repasse. Além disso, as vacas tratadas com protocolos de IATF que não se tornaram gestantes na primeira tentativa tendem a apresentar maior taxa de prenhez na estação de monta em relação às não tratadas, em função da indução de ciclicidade promovida pelo tratamento hormonal.
O professor Luis Fonseca Matos, doutor em produção animal, acrescenta mais algumas vantagens no curso Inseminação Artificial em Bovinos – Convencional e em Tempo Fixo, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. “Com a IATF o pecuarista ainda ganha em padronização dos lotes de bezerros, o que proporciona melhores preços nas vendas; diminuição de problemas trabalhistas com a contratação de trabalho temporário; economia na diminuição do número de touros para repasse; e maior controle zootécnico, com o descarte de animais não produtivos”.
O início da estação de monta ocorre no Brasil, anualmente, durante o segundo semestre. Porém, nas fazendas que utilizam a IATF, os bezerros podem nascer entre julho e setembro, uma época mais favorável, uma vez que o risco de ser acometido por doenças e parasitas é menor nesse período.
Por: Ariádine Morgan
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