Quando se quer saber sobre a qualidade de uma forrageira tropical ou temperada, a primeira coisa a avaliar é a sua composição química. Esse processo é feito em laboratório, e normalmente são avaliadas as frações de matéria seca, proteína bruta, fibra em detergente neutro e matéria mineral.
O teor de matéria seca é importante, pois, quando baixo, pode limitar o consumo de alimento. Então, quando se utiliza o pastejo como fonte alimentar exclusiva, seja ele rotativo ou contínuo, é preciso ficar atento ao teor de matéria seca da forrageira. O fornecimento de concentrado, entretanto, especialmente para as vacas de maior produção, pode corrigir esse problema.
No curso Produção de Leite a Pasto, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o professor Dr. Fermino Deresz afirma que o teor de proteína bruta diminui com o aumento da idade da planta. “Em condições de capim verde picado com 30 dias de idade, o teor de proteína cai na base da matéria seca em relação àquele selecionado no pasto. Essa é uma das grandes diferenças entre eles”, explica.
É importante determinar qual é o real potencial da produção de leite do pasto. Para certas propriedades, pode ser 6 kg/vaca/dia de leite e para outras pode ser 10 kg/vaca/dia. O fator que determina esse potencial é a qualidade da forragem e a quantidade disponível por vaca/dia. A maneira como avaliar isso em cada propriedade é importante.
“A Embrapa Gado de Leite recomenda fazer a coleta de amostras representativas, por meio do pastejo simulado, observando a altura do resíduo do piquete recém-pastejado. Usualmente, essa estimativa é feita um dia antes da troca de piquete”, comenta Deresz, pesquisador da Embrapa.
Por: Clara Peron.
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