Estudos consideram estratégica a utilização de oleaginosas produzidas em várias regiões para a produção de combustível renovável.
Cerca de 47% da energia produzida no Brasil é renovável. A maior parte desse potencial é proveniente da cana-de-açúcar, que responde por 18%. “Trata-se de um mercado que o país domina, já que temos as condições climáticas ideais para o cultivo da cana, o que nos proporciona a matriz energética mais limpa do mundo”, ressalta o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,Wagner Rossi.
Essa busca pelo consumo que respeita o meio ambiente e promove o crescimento econômico e social é um passo estratégico para o desenvolvimento de qualquer país. Segundo o secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone, “O aumento da população e do consumo mundial per capita, associado à mudança climática, requerem ações mais coordenadas e sustentáveis, em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos”.
Estudos sobre as potencialidades agrícolas regionais consideram estratégica a utilização de plantas como inajá, macaúba, tucumã, além do pinhão manso e da palma, para a produção de combustível renovável.
Para o professor Dr. Luiz Angelo Filho, no curso Cultivo e Processamento de Coco Macaúba para a Produção de Biodiesel, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “a palmeira macaúba apresenta grande potencial para produção de óleo e possui vantagem sobre diversas oleaginosas pela sua rentabilidade agrícola e produção total de óleo. O processamento do fruto gera, além dos óleos, coprodutos que podem ser comercializados ou utilizados como fonte energética, contribuindo para redução do custo de produção ou gerando receitas para a empresa”.
Atualmente, o Brasil está entre os maiores produtores de biodiesel, juntamente com Estados Unidos, Alemanha, França e Argentina. Em 2009, o país produziu 1,13 bilhão de litros e a previsão para este ano é chegar a 1,6 bilhão de litros do combustível.
Uma série de vantagens qualifica o Brasil a liderar a agricultura de energia e o mercado dos biocombustíveis em escala mundial, com a possibilidade de dedicar novas terras a essa atividade, sem ampliar a área desmatada e sem reduzir a área utilizada na produção de alimentos, mantendo os impactos ambientais circunscritos aos socialmente aceitos.
Por: Ariádine Morgan
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