A educação financeira nas escolas é um caminho para aumentar a poupança interna e diminuir a inflação. Pensando nisso, o Banco Mundial – Bird - e o Ministério da Educação estão desenvolvendo uma pesquisa envolvendo 12 mil estudantes do segundo ano do ensino médio. Participam do estudo 450 escolas estaduais do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.
Após os primeiros seis meses de curso, o percentual de estudantes que fazem poupança ou lista de compras aumentou em três pontos. Esse número é considerado relevante pelos avaliadores e chama atenção pelo curto período de tempo em que os jovens estão inseridos na Estratégia Nacional de Educação Financeira – Enef.
A professora Michelle Gomes Lelis, no curso Educação Financeira e Empreendedorismo, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que lidar com o dinheiro deve ser uma prática exercitada e aprendida desde os primeiros anos de vida, de forma saudável, responsável e prazerosa.
“Fica claro a importância de prepararmos cidadãos que enfrentem um mercado crescente, que os pressiona para o consumo. É necessário o desenvolvimento de habilidades e atitudes que permitam regular a conduta pessoal e familiar para o uso racional de recursos econômicos. A partir dessa perspectiva, a alfabetização econômica e a educação para o consumo proporcionarão as ferramentas para que todos possam entender seu mundo econômico, interpretar os eventos que podem afetá-los direta ou indiretamente e melhorar as competências para tomar decisões pessoais e sociais”, comenta a professora Lelis, especialista em educação infantil.
Os pesquisadores esperam que os jovens influenciem no planejamento financeiro de suas famílias, contribuindo para a educação da população em geral. Com conhecimentos básicos sobre finanças, espera-se que haja incentivo à poupança e à redução do consumismo.
O Bird continuará a avaliar o desempenho dos estudantes até o final do programa, o que ocorre em dezembro deste ano, e pensa em acompanhá-los no mercado de trabalho, por meio do monitoramento do CPF. Assim, seria possível comprovar a eficácia da educação financeira e como ela pode refletir em dados macroeconômicos.
Por: Clara Peron.
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