
Um bom planejamento das finanças da família, deve começar por reunir informações completas sobre tudo que diz respeito aos objetivos e prioridades
Independentemente do poder aquisitivo ou do tamanho da renda familiar, é preciso que todos os membros planejem e controlem o uso do dinheiro, decidindo em que e como será gasto o dinheiro da família.
Um bom planejamento das finanças da família deve começar por reunir informações completas sobre tudo que diz respeito aos objetivos e prioridades, bem como aos meios necessários e disponíveis, sejam estes pessoais, familiares ou extra familiares.
Dívida é definida como uma obrigação que uma pessoa assume pagar. O valor da dívida a ser paga e, em quais condições, é acertada em decorrência do empréstimo tomado com uma instituição financeira ou, ainda, uma segunda pessoa.
Ao liquidar uma dívida, você está pagando duas coisas: a amortização, referente ao capital que foi tomado emprestado e os custos do dinheiro que são compostos de juros, correção monetária, taxas administrativas, impostos e seguro contra inadimplência. Neste cenário, contrair dívidas desnecessárias é um péssimo negócio. Psicologicamente, pode desestruturar e comprometer as relações afetivas na família, como um todo.
Como expor para a família a situação

Analise os gastos, os valores e os compromissos da família para descobrir onde está sendo gasto o dinheiro
Este é um assunto muito importante e requer o envolvimento de toda a família para que, compreendendo a real situação das finanças, todos queiram participar dos esforços de reestruturar a vida financeira, com maior comprometimento.
O problema é difícil e exige uma abordagem adequada. Assim, é preciso:
- Criar um ambiente propício, reservando hora, tempo e lugar para falar sobre o assunto;
- Reconhecer o problema e dimensioná-lo, adequadamente, examinando-o sob os mais diversos ângulos;
- Colocar-se diante do problema, de forma clara e objetiva, isto é, como você o vê e como se sente;
- Focalizar o problema sem fugir do assunto e concentrar-se em um aspecto de cada vez. Não trazer para a discussão assuntos alheios à pauta;
- Ouvir o (a) parceiro (a) e os filhos que estiverem reunidos;
- Definir as mudanças que se deseja fazer, de modo que possam ser postas em prática;
- Marcar e reservar tempo para o acompanhamento contínuo;
- Explicitar as formas de participação do grupo e de como fazer os possíveis ajustes.
A professora Nerina Aires Coelho Marques, coordenadora do Curso Finanças na Família - Administração e Controle, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que se a família já se conscientizou dos malefícios causados pelas dívidas e decidiu evitar situações que conduzam ao endividamento crônico, vai começar, daqui por diante, a reavaliar as prioridades da família e manter o orçamento equilibrado e sob controle.
Alternativas para resolver o problema
Se sua família está inadimplente, existem algumas alternativas para resolver o problema:
- Tenha em mãos: seu orçamento atual, os gastos dos últimos seis meses, a projeção para os próximos seis meses e a relação dos ativos e passivos. A lista de valores da família também ajuda a definir uma direção.
- Analise os gastos, os valores e os compromissos da família para descobrir onde estão os “furos” ou “ralos” por onde escorre seu dinheiro.
- Corte ou reduza o consumo em quantidade e/ou em qualidade. Refaça o orçamento; analise as receitas disponíveis; reveja as prioridades; reavalie e ajuste o padrão de vida e dispense alguns serviços (faxineira e babá) que possam ser feitos pelos membros da família.
- Estude a possibilidade de aumentar as receitas pelo aumento da carga de trabalho; produção de bens e serviços com valor de mercado e ingresso de novos membros na força de trabalho.
- Tente renegociar a dívida, prolongando o tempo de vencimento e reduzindo os valores.
Quando o problema se resolver, tome cuidado para não voltar a gastar mais do que se ganha. É preciso precaver-se para evitar contrair novas dívidas. O caminho é um só, faça o planejamento financeiro com base na reavaliação de valores e em um padrão de vida realista, que leve em conta as necessidades e prioridades da família.
Por: Paula Tibúrcio
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