
Projetos de manejo florestal sustentável vêm sendo adotados na exploração da Amazônia. De acordo com o decreto governamental que regulamentou essa exploração, o manejo sustentável consiste na administração da floresta para a obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando os mecanismos de sustentação do ecossistema.
O manejo implica em uma exploração cuidadosa, de impacto ambiental reduzido. A aplicação de tratamentos silviculturais potencializa a regeneração da floresta e faz com que cresça outra colheita. O monitoramento controla a regeneração e ajuda o manejador na tomada de decisões técnicas e comerciais.
Exemplo disso é o caso dos mais de 350 projetos de manejo licenciados no Pará. Nesse estado, o madeireiro retira poucas árvores em um ciclo de vários anos, e por meio de um sistema de rodízio ele poderá explorar a madeira indefinidamente com a floresta em pé, ou seja, sem causar danos ambientais à floresta. Destaque também é a preservação da mata, que se torna lucrativa a longo prazo, o que pode melhorar a vida dos agricultores da região.
De acordo com a professora e pesquisadora Danielle Gomes Ferreira, no curso Reposição Florestal – Como Conservar Recursos Naturais com Rentabilidade, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “esse manejo possui inúmeras vantagens. Dentre elas, pode-se destacar o aumento da matéria orgânica do solo, o controle de erosão, por reduzir impactos das chuvas e o escorrimento superficial, a diversificação na produção, a eliminação de ervas invasoras, a proteção de fontes e bacias hidrográficas e a redução de temperaturas extremas do ar, solo e folhas.”
Explorando a floresta racionalmente e com impacto reduzido, é possível voltar a cortar madeira em 30 anos, contra os 60 anos ou mais da exploração convencional. A maior parte da exploração madeireira na Amazônia ainda é praticada de forma destrutiva, focada numa visão comercial e imediatista. Hoje, 80% da exploração é feita de forma ilegal em áreas onde a retirada das árvores não foi previamente autorizada.
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