Pesquisadores da Embrapa Agroenergia, Embrapa Caprinos e Ovinos, Universidade Católica de Brasília e Universidade de Brasília, estão estudando meios para desenvolver biocombustível a partir do rúmen de caprinos da raça moxotó.
Dentro do rúmen, a primeira parte do estômago dos ruminantes, existem vário tipos de bactérias que ajudam na digestão. O alimento ingerido é atacado pelas enzimas das bactérias, que fazem a “quebra” das fibras em unidades de glicose, que podem ser fermentadas e transformadas em etanol. O desafio da pesquisa é identificar e caracterizar as enzimas. Após dois anos de estudo, quatro tipos foram mapeados. Esse resultado tem animado os pesquisadores.
A identificação de enzimas nesses animais é inédita, pois, até o momento, a maioria das pesquisas eram realizadas com bovinos. “Escolhemos os caprinos da raça moxotó, espécie nativa do sertão nordestino, pelo fato de terem uma alimentação peculiar, que é a vegetação do semiárido”, explica a pesquisadora Isabel Cunha.
De acordo com Patrícia Tristão, tutora do Portal de Informações do CPT - Centro de Produções Técnicas, os avanços tecnológicos gerados por essa pesquisa podem contribuir para que o Brasil continue liderando o mercado mundial, elaborando etanol a partir de outras matérias-primas, o etanol de segunda geração.
Na safra de 2008/2009, o Brasil produziu 24,3 bilhões de litros de etanol. Desses, 83% foram destinados ao mercado interno. Em 2009, houve aumento de 16% na comercialização em relação ao ano anterior, totalizando 22,82 bilhões de litros, segundo a ANP - Agência Nacional de Petróleo e Gás.
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