
Um aspecto importante que os seguranças de portaria devem assimilar são as técnicas de observação, menorização e descrição. “E a sequência é exatamente esta. Primeiro temos que observar, corretamente, depois memorizar o que observamos e, finalmente, descrever com exatidão o que memorizamos”, afirma Plácido Soares, professor do Curso CPT Segurança Patrimonial para Empresas.
Muitas vezes observamos ou mesmo convivemos com determinadas pessoas e depois temos dificuldades em descrevê-las corretamente. Isso se dá em razão de, geralmente, vermos o todo e não só detalhes.
As técnicas de observação, memorização e descrição também são complexas e exigem longos períodos de estudo, treinamento e condicionamento. No entanto, acredita-se que um agente de segurança de portaria deve no mínimo saber como descrever alguém para o gerente de segurança ou para a polícia, caso seja necessário.
Para isso, deverá adortar um procedimento técnico, quando sua atenção for atraída para algum suspeito. O primeiro passo é “dividir” a pessoa em partes.
Em cada uma dessas partes observar o seguinte:
- Cabeça: grande, pequena, careca, cor dos cabelos, cabelos longos, curtos, tipo de penteado, cor dos olhos, cicatrizes, óculos, timbre de voz, sotaque (sulista, nordestino, estrangeiro...), vícios
de linguagem (gagueira, repetição sistemática de frases ou palavras...), nariz, boca e orelhas.
- Tronco: gordo, magro, musculoso, com ou sem barriga, tipo de roupa, cordões ou colares.
- Braços: grossos, finos, musculosos, relógios, pulseiras, detalhes das mãos, ferimentos, dedos amputados, tiques nervosos, alianças, e acessórios.
- Pernas e pés: pernas longas, curtas, defeito físico, mancando, pés grandes ou pequenos, tipo e detalhes do calçado.
Num primeiro momento, pode parecer difícil guardar todos esses detalhes, principalmente se considerarmos que a observação do Agente deve ser discreta. No entanto, com a realização de alguns exercícios se perceberá que isso é mais fácil do que se imagina.
“O ideal é que os Agentes façam treinamentos constantes, procurando observar colegas de trabalho, do próprio estabelecimento, e depois transcrever a descrição para o papel. Feita a descrição, basta fazer uma comparação para ver qual o grau de acerto de cada um. Com a intensificação dos exercícios, a tarefa se tornará mais fácil a cada dia”, finaliza o especialista.
* Plácido Soares é advogado, consultor de Segurança e Pesquisador Criminal. É membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais e desenvolve estudos e pesquisas sobre Violência, Criminalidade e Segurança Pública há mais de 30 anos, com diversos livros e trabalhos publicados.
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Por Silvana Teixeira.
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