De acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os empréstimos para a produção sustentável, através do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), devem ser recorde na safra 2012/2013. A previsão é de que os financiamentos atinjam o valor de R$ 2 bilhões.
A previsão se baseia nos bons resultados da safra 2011/2012, na qual o programa gerou empréstimos de R$ 1,5 bilhão. O valor superou em 76,47% a meta prevista pelo governo federal na safra anterior.
Nos meses de julho e agosto, início da safra, o programa ABC já liberou 398,8 milhões, o que representa 11,7% dos 3,4 bilhões disponibilizados pelo Plano Agrícola Pecuário 2012/2013. O volume dos financiamentos é 357% maior do que o realizado no mesmo período do ano passado, quando foram liberados R$ 87,3 milhões.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, afirmou que quanto mais o programa se tornar conhecido, maiores serão as intenções do ministério. Ele acrescentou que o objetivo é utilizar toda a verba disponível, mas para isso os produtores precisam ser orientados sobre como apresentar os projetos às instituições financeiras.
Ribeiro Filho destacou que a falta de conhecimento técnico para a elaboração das propostas tem sido o maior problema para a obtenção dos empréstimos. Assim, ele afirmou que uma das estratégias do Mapa é incentivar os estados a criarem grupos gestores com planos estaduais para a agricultura de baixo carbono. Esses grupos seriam responsáveis pela orientação dos agricultores e também pelo acesso ao crédito, depois de elaborarem as propostas.
O Programa ABC foi criado em 2010 pelo Ministério da Agricultura com o objetivo de desenvolver a agricultura sustentável no país. A ideia surgiu a partir do compromisso firmado durante a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, em 2009. O projeto envolve também os Ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário e financia práticas voltadas para a recuperação de pastagens, o sistema de plantio direto, o tratamento de dejetos, o plantio de florestas, a integração lavoura-pecuária-floresta e a fixação biológica de nitrogênio.
Por: Maria Clara Corsino.
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