Os pesquisadores estimam que em cinco anos as variedades com o gene do café resistente à seca estejam no mercado.
Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), identificou um gene do café que é resiste à seca. Depois de vários experimentos, os pesquisadores descobriram que a estrutura pode ser transferida com sucesso para outras variedades comerciais.
A primeira experiência bem-sucedida foi feita com um exemplar da espécie Arabidopsis thaliana, da mesma família da mostarda. Essas plantas ficaram 40 dias sem água e permaneceram saudáveis, enquanto as que não tiveram o gene implantado morreram após 15 dias.
Os pesquisadores atestaram que a Arabidopsis adquiriu a característica de resistência à seca do gene do café. Agora, estão sendo feitos estudos com outros produtos comerciais, como o trigo, o milho, a cana-de-açúcar, a soja, o arroz e o algodão.
A identificação do gene resistente à seca foi resultado de muitos meses de estudo, depois que os pesquisadores compararam diversas variedades de café. O pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eduardo Romano, afirmou que, se as pesquisas derem certo, num prazo de cinco anos as novas variedades capazes de resistir à seca e a temperaturas mais altas estarão disponíveis no mercado.
Para os pesquisadores, o cultivo das plantas resistentes à seca, além de contribuir para o aumento da produtividade das lavouras e o desenvolvimento social, pode reduzir o impacto ambiental decorrente do uso de água pela agricultura. Atualmente, a atividade agropecuária consome cerca de 70% da água potável do mundo.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Globo Rural.
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