O desbaste, ou raleação, é um trato cultural que visa retirar o excesso de plantas nascidas. Geralmente, o semeio é feito em alta densidade, colocando sementes em excesso, para evitar problemas de germinação. A principal função do desbaste é evitar que ocorra competição por nutrientes, devido à grande quantidade de mudas.
Esse procedimento é importante não apenas na semeadura direta, mas também em sementeiras e recipientes. Um caso típico é o da alface, quando se empregam sementes não-peletizadas. Como elas são muito pequenas, ao semear caem muitas de uma só vez, e, assim, as mudas germinam bem próximas e em grande quantidade. O desbaste diminui o risco dessas crescerem estioladas e fracas.
Mas, atenção! Para cada espécie existe um momento mais conveniente para a raleação. A diferença também está nos modos de semeio. Por exemplo, o desbaste do almeirão, após o semeio direto, que deve ser feito em um metro de sulco por grama de semente, será quando as mudas alcançarem 10 cm. Nesse caso, devem permanecer 10 plantas por metro de sulco.
No caso da vagem, com desbaste após semeadura em cova, em que foi colocada três sementes, o momento será quando constar de três a quatro folhas, ficando somente 2 plantas por cova. Outra leguminosa que acompanha a vagem nesse mesmo esquema é a abobrinha.
Segundo o professor João Tessarioli Neto, doutor emérito em fitotecnia da USP e coordenador do curso Horta Caseira, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “as plantas retiradas do desbaste em espécies, como a beterraba, a rúcula e o almeirão, podem ser aproveitadas para o plantio em outros canteiros. No caso de outras hortaliças, como o rabanete, a cenoura e o nabo, as mudas não devem ser aproveitadas, porque as raízes ficarão defeituosas quando crescidas”.
O desbaste pode ser realizado também em frutos, como o tomate. Em cada penca podem ser deixados de quatro a cinco frutos. Essa metodologia tem como consequência a melhoria na qualidade do alimento e a padronização do seu tamanho.
Por: Ariádine Morgan
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