O setor da vitivinicultura brasileiro tem muito o que comemorar, mas busca conquistar ainda mais espaço. A expectativa é de uma safra recorde da uva para 2012. As exportações de vinho crescem a cada dia (alta de 33% em 2011 em relação a 2010). No entanto, os produtores de vinhos nacionais precisam conquistar o mercado interno e disputar espaço com os vinhos importados.
A boa expectativa do mercado foi reforçada com o anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff de medidas de proteção contra o crescimento das importações de vinho, uma vez que o desafio maior para o setor é a conquista do mercado interno. A presidente fez o anúncio na tradicional Festa da Uva de Caxias do Sul (RS) e prometeu defender o vinho nacional através de salvaguardas, ações temporárias aceitas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
As medidas foram comemoradas pelos vinicultores, mas eles acreditam que elas ainda não são suficientes. O ex-presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Júlio Fante, atual membro da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi), destaca que a concorrência com o vinho importado é a maior dificuldade atual.
O empresário afirma que os produtores nacionais de vinhos são prejudicados por práticas abusivas, o que justifica o crescimento das importações. Elas cresceram 3% em 2011, depois de uma alta incomum de 27% em 2010, segundo dados do Ibravin. A entrada de vinhos importados quase dobrou nos últimos 8 anos (98%). Fante acredita que são necessárias novas regras tributárias, principalmente contra os vinhos chilenos e argentinos, os principais produtos que têm vindo para o Brasil.
Apesar da concorrência com o vinho importado, o vinho nacional também registrou aumento nas vendas. Segundo dados do Ibravin, em 2011 a indústria vinícola brasileira cresceu 7%. Para o gerente de marketing da vinícola gaúcha Perini, Pablo Perini, essa elevação é resultado de uma mudança geral nos padrões de consumo dos brasileiros, que têm bebido mais vinhos e espumantes.
Por: Maria Clara Corsino.

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