O maior consumo de frutas e hortaliças é um dos fatores mais importantes para a obtenção de uma vida saudável. Diversas doenças podem ser evitadas apenas pela ingestão de vegetais, assim como a adesão a uma alimentação e hábitos mais saudáveis de um modo geral. No entanto, o que leva uma pessoa a consumir mais estes alimentos?
Segundo uma pesquisa realizada no programa de pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), fatores socioeconômicos podem estar diretamente relacionados. No estudo, coordenado pela professora Jocelem Mastrodi Salgado, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), os participantes responderam a um questionário sobre os hábitos alimentares e a renda de cada um no município de Piracicaba, SP.
A economista Joseane Thereza Bigaran, que avaliou os resultados da pesquisa, explicou que a aplicação de questionários sobre a alimentação são muito importantes para conhecer os hábitos de consumo da população. No estudo, foi feita uma comparação entre o consumo de frutas e hortaliças no município, a quantidade recomendada pelos órgãos de saúde e o nível nacional, que está bem abaixo do recomendado.
Para o estudo, foram entrevistadas 282 pessoas residentes em todas as regiões de Piracicaba, das quais 277 tiveram os questionários validados. Os resultados mostram que 57% da população da cidade consome a quantidade recomendada de vegetais. Os alimentos mais consumidos, independentemente da condição social, são banana, laranja, limão, maçã, alface, alho, cebola, cebolinha, cenoura, pepino e tomate. Mas, os pesquisadores notaram que quanto maior era a renda dos indivíduos, mais variada era a alimentação.
Sendo assim, Joseane destacou que a renda é determinante para o consumo de frutas e hortaliças. Além disso, foi verificado que a idade também é um importante fator, já que pessoas acima dos 30 anos em média consomem mais vegetais em comparação aos mais jovens.
Outros fatores locais, como a existência de uma unidade da Central de Abastecimento (Ceasa) no município, a proximidade em São Paulo com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo(Ceagesp) e a presença de muitos estabelecimentos e feiras livres, também foram apontados como diferenciais para o município ter ficado acima da média. A pesquisadora ressaltou a importância desse estudo para a cidade, pois pode ajudar na geração de políticas públicas voltadas para a boa alimentação e a saúde da população.
Por: Maria Clara Corsino.
Fonte: Agência USP de Notícias.
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