
As primeiras ideias que nos vêm à cabeça, quando a maioria de nós pensa no conceito de pluralidade cultural, dizem respeito à arte e suas manifestações. Pensamos no folclore, nas manifestações artísticas de diferentes origens e nas variadas formas de expressão cultural por meio da música, da literatura, artes plásticas, entre outras. “Essa primeira compreensão, embora verdadeira, é consideravelmente incompleta em relação ao que é proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais”, afirma Maria Oliveira Cortes, professora do Curso a Distância CPT Pluralidade Cultural - Tema Transversal - Fundamental I, em Livro+DVD e Curso Online, Pedagoga pela Universidade Federal de Viçosa. Cultura vai além das manifestações artísticas, tem mais a ver com as características humanas e o modo de vida da sociedade. As manifestações artísticas constituem apenas uma parte desse conceito temático.
A cultura a que o tema se refere é bem mais ampla. A abordagem proposta para pluralidade cultural pelos PCN tem um objetivo muito claro: utilizar o estudo da pluralidade cultural como forma de eliminar o preconceito e lutar contra a exclusão social. Um objetivo ainda mais nobre ultrapassa o estudo de manifestações artísticas, e nos ajuda a buscar uma vida em sociedade mais equilibrada e mais feliz.
Essa abordagem para o tema é justificada nos PCN com o argumento de que “apresentando heterogeneidade notável em sua composição populacional, o Brasil desconhece a si mesmo. Na relação do país consigo mesmo, é comum prevalecerem vários estereótipos, tanto regionais como em relação a grupos étnicos, sociais e culturais”. Os desdobramentos dessa característica levam a sociedade a enfrentar “dificuldade para se lidar com a temática do preconceito e da discriminação racial/étnica.
Na escola, muitas vezes, há manifestações de racismo, discriminação social e étnica, por parte de professores, de alunos, da equipe escolar, ainda que de maneira involuntária ou inconsciente.” Nosso trabalho em pluralidade cultural, como professores, portanto, mais do que tudo, é a luta contra o preconceito e a discriminação que levam à exclusão. Isso será feito pela exposição das diferenças, sua discussão e seu entendimento, ao contrário do que historicamente tem sido feito, quando as diferenças ficam disfarçadas, como sendo para que as igualdades sejam negadas, finaliza Maria Cortes.
Atualmente, a Professora Maria Cortes é coordenadora de um projeto de educação ambiental através da arte pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM), com crianças e adolescentes. Tem grande experiência na área de educação infantil, literatura infantil e juvenil, iniciação teatral, contação de histórias, elaboração de materiais didáticos, coordenação pedagógica de projetos e extensão rural.
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Por Silvana Teixeira.
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