Começou nesta sexta-feira dia 1º a segunda etapa da vacinação obrigatória contra a febre aftosa em bovinos (bois, vacas) e bubalinos (búfalos). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA espera que sejam imunizados em torno de 150 milhões de animais.
Os estados que farão parte desta vacinação obrigatória são: Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Já a imunização em animais com idade abaixo de 24 meses está prevista para Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.
Alguns estados doarão vacinas para pequenos produtores, que possuam até 100 cabeças. Já produtores com um rebanho maior, poderão encontrar a vacina em casas agropecuárias credenciadas pelo MAPA e com um custo médio em torno de R$ 1,40.
A Febre Aftosa
A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta animais de casco fendido, como bois, búfalos, cabras, ovelhas e porcos. Outros animais também podem contrair a doença, como veados, elefantes, camelos, lhamas e capivaras. Não são afetados cavalos, asnos, mulas e bardotos.
A doença é transmitida pelo contato entre animais doentes e sadios. Podendo o vírus ser transportado pela água, ar, alimentos, pássaros e pessoas (mãos, roupas e calçados) que entrarem em contato com os animais doentes.
Seus principais sintomas são febre, vesículas e úlceras na boca, nas patas e nas tetas, perda de apetite, salivação e manqueira. Ocorre também redução da produção leiteira, perda de peso, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. Pode haver mortes principalmente em animais jovens ou debilitados.
O que fazer em caso de suspeita da doença
Ao suspeitar da doença, o produtor deve notificar o serviço de defesa agropecuária, e informar quais são os sintomas de seus animais.
Como comprar a vacina contra a febre aftosa
Para adquirir a vacina, o criador deve apresentar seu CPF, Cartão de Identificação do Produtor ou "Carta Declaração de Vacinação" na casa comercial no momento da compra.
Cuidados com a vacina
Na compra é preciso que a vacina seja conservada em caixa térmica com gelo suficiente para mantê-la refrigerada, entre 2 e 8ºC, até o momento da aplicação. Se a vacina esquentar perde seu valor de proteção. Na propriedade, a vacina deve ser mantida em geladeira na mesma temperatura (2 a 8ºC), e, aplicada o mais rápido possível. Além disso, é preciso:
- limpar e desinfetar a seringa e ferver as agulhas antes da aplicação;
- manter a vacina em caixa de isopor com gelo, à sombra e protegida da radiação solar direta;
- manter a pistola dentro da caixa de isopor, quando não estiver em uso;
- utilizar agulhas 15x18 para aplicar a vacina oleosa subcutânea e agulha 20x18 para aplicar vacina oleosa intramuscular;
- agitar o frasco de vacina toda vez que for encher a seringa;
- certificar-se de que o conteúdo da seringa contém a dose certa (5 ml) e que não existem bolhas de ar;
- aplicar a vacina na tábua do pescoço pela via subcutânea (debaixo da pele) ou intramuscular (dentro do músculo) tendo o cuidado de manter a seringa na posição inclinada, quase em pé, com a agulha apontada para baixo;
- anotar os animais vacinados por faixa etária e sexo, para comunicação ao serviço de defesa agropecuária;
Quais os horários ideais para aplicação da vacina
Os horários ideais para a aplicação são o início da manhã e o final da tarde.
Como declarar a vacinação do rebanho
O produtor tem, obrigatoriamente, de declarar a vacinação no orgão responsável em seu estado apresentando a nota fiscal da compra da vacina e a "Carta Declaração de Vacinação" preenchida com o número de bovinos e bubalinos existentes e os vacinados, por idade e por sexo.
O produtor deve comprovar até o 10º dia do mês subsequente ao da vacinação. Caso contrário, a declaração só poderá ser feita no escritório responsável que atende ao município onde está localizada a propriedade rural.
Penalidades para o produtor que não vacinar seus animais
O produtor rural que não vacinar seus animais e/ou não declarar a vacinação, está sujeito a multas.
Período de vacinação contra a febre aftosa
Algumas localidades têm datas diferenciadas, como a região do pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Nesta etapa, somente no Piauí, não haverá vacinação. As datas de imunização dos rebanhos no Estado são diferenciadas.
Já o Estado de Roraima abriu a segunda etapa em primeiro de outubro, mas prorrogou até o dia 10 de novembro. Em Rondônia, a campanha começou no dia 15 de outubro, mesma data do início da fase única no Amapá.
Nos outros estados a vacinação vai de 1º de novembro a 30 de novembro de 2013.
Observação: Santa Catarina não está no calendário por ser o único Estado com status de zona livre de aftosa sem vacinação.
Fonte: Pecuária Rural Br, IMA - Istituto Mineiro de Agropecuária, Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
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Por Ana Carolina dos Santos.
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