Os cosméticos passaram a ser itens de primeira necessidade para as classes C e D. Uma pesquisa do Instituto Data Popular, realizada com 5.000 pessoas, mostra que as classes ditas “emergentes” são as que mais gastam com produtos de beleza. Durante muito tempo estes produtos foram vistos como supérfluos e de acesso restrito a poucos.
De acordo com o instituto, a própria classe média aumentou. Atualmente 56% dos brasileiros são da classe C. A renda das famílias também aumentou, sobrando dinheiro inclusive para os cosméticos. Só a venda de esmaltes para a classe C passou de 40% para 53% nos últimos sete anos.
O diretor da Voltage, agência de tendências de mercado, Roberto Al Assal, acredita que o consumo destes produtos aumentou da mesma forma que os outros. Para ele, a classe C está consumindo produtos que sempre quis, mas não pôde, inclusive os de beleza. No caso, a vaidade não aumentou e sim o dinheiro para finaciá-la.
Outro fator que se destaca, segundo a professora Mitsue Mary Ávila Watanabe, do curso Como Alisar e Relaxar Cabelos, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, é a diversificação do mercado. “Hoje, encontramos no mercado muitos produtos bons e baratos que atendem as necessidades das pessoas de baixa renda”, explica.
Para o sociólogo Dario Caldas, outro fator também deve ser considerado. Ele acredita que os padrões de estética e beleza estão mudando. As pessoas, não importa a renda, estão mais preocupadas com a aparência. A vaidade, no caso, tornou-se sinônimo de autoestima e bem-estar, os quais são cada vez mais valorizados.
Por: Maria Clara Corsino.
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