O motivo para o otimismo dos produtores de café mineiros está nas próprias plantações. Se antes a expectativa já era boa para a produção do ano que vem, agora, com a nova florada, ela parece bem real. O assessor especial de café da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Castro Moraes, explica que uma característica da lavoura cafeeira é alternar a produtividade, ou seja, como a safra deste ano foi menor, a do ano que vem deve crescer.
Os produtores esperam que a safra supere 50 milhões de sacas de 60kg. Em 2010 a produção nacional ficou em 43 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Minas Gerais, foram produzidos 22 milhões de sacas, metade da produção brasileira.
O assessor da Seapa acredita que a boa florada não é suficiente para uma boa safra, já que as condições do clima são essenciais para o desenvolvimento do fruto. Para ele, a estiagem pode favorecer uma melhoria da qualidade dos grãos ao selecionar um grupo, apesar de reduzir a produção de um modo geral.
Mesmo com uma safra menor em 2011, o café tem se mostrado muito competitivo e com ótimos preços. Isso ocorreu principalmente pelo aumento no consumo e também pela redução mundial dos estoques. O superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, explica que eles tiveram redução de 76,4% em 11 anos. As mercadorias em depósito, atualmente, são capazes de atender à demanda por apenas 74 dias.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o brasileiro consome em média 4,81kg de café por ano. Isso é equivalente a quase 81 litros da bebida.
Por: Maria Clara Corsino.
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