O desempenho de bovinos destinados à produção de carne é resultado do ganho de peso médio diário e anual
A importância da alimentação para o ganho de peso do gado de corte tem relação direta com o valor nutritivo da forrageira, a ingestão de matéria seca (MS) e a disponibilidade de pasto. O desempenho de bovinos destinados à produção de carne é resultado do ganho de peso médio diário e do ganho anual. No caso de novilhos, o ganho de peso geralmente é acima de 1 Kg/dia, em pastagens temperadas, enquanto que em pastagens tropicais, manejadas intensivamente, esse ganho fica por volta de 700 g/dia.
Valor nutritivo da planta forrageira
O valor nutritivo da forragem refere-se à sua composição química e à sua digestibilidade. As forrageiras tropicais, por exemplo, se apresentam, geralmente, com baixos níveis de proteínas, baixa digestibilidade, alto conteúdo de fibra, alta quantidade de fibra indigestível e pequenas concentrações de minerais.
Segundo o Professor Adilson de Paula Almeida Aguiar, coordenador do curso Engorda a Pasto, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, uma melhoria do valor nutritivo da forragem pode ser obtida quando se reduz o intervalo entre pastejos e quando é permitido ao animal elevada seletividade da forragem disponível. A utilização da forragem no estádio certo pode elevar o ganho de peso dos animais em pastejo.
É muito comum que pecuaristas queiram saber, dentre as várias forrageiras usadas em pastagens, qual ou quais são as de melhor valor nutritivo e qual é a que possui maior teor de proteína bruta (PB). Mas pesquisas mostram que, quando comparado o valor nutritivo de cada uma delas, as diferenças entre as forrageiras são pequenas.
Consumo de forragem
As variações no consumo de matéria seca produzem mais impacto na produção animal do que as variações na composição da forragem. O desempenho animal a pasto é função direta do consumo de MS digestível, sendo que 60 a 90% dos resultados decorrem da variação no consumo, enquanto apenas 10 a 40% advêm das flutuações na digestibilidade da MS. Dessa forma, a contribuição relativa do consumo de MS para o desempenho animal é, em média, três vezes maior em relação à digestibilidade.
Dentre as características das forragens, as de maior importância são aquelas que determinam o consumo voluntário e nutrientes digestíveis. Considera-se, dessa forma, que o consumo restrito de nutrientes é o principal fator que limita a produção animal. Assim, o consumo máximo de MS de forragem esperado é de 3,5 a 4% do peso vivo, que ocorrerá somente em um pasto verde, de alta qualidade e disponível em quantidade suficiente.
Disponibilidade de pasto
Em sistemas de produção de bovino a pasto, o consumo está sob forte influência da disponibilidade de forragem. Esta é denominada por pressão de pastejo. No manejo da pastagem, a pressão de pastejo é o fator que define o rendimento da forragem e a produtividade animal, ou seja, o número de animais por unidade de forragem disponível. O nível de oferta, aparentemente recomendável, para maximizar a produção/animal está entre 1.500 e 2.500 Kg de matéria seca verde por hectare, em pastejo contínuo, ou 5 a 7,5 Kg de matéria seca verde por 100 Kg de peso vivo em pastejo em faixa.
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Comentários

Patrícia Knebelkamp
8 de mar. de 2019Bom dia! Qual é a data desta publicação?

Resposta do Portal Cursos CPT
11 de mar. de 2019Olá, Patrícia!
Obrigada pela visita e comentário em nosso site. A matéria foi publicada no dia 04/03/2013.
Atenciosamente,
Lorena Tolomelli