O cultivo de borracha natural, no Brasil, se apresenta como um bom negócio. O crescimento da indústria automobilística é um dos fatores que impulsionam esse mercado e elevam a demanda pelo produto no país.
Nacionalmente, a produção cresceu mais de oito vezes, nos últimos dezoito anos, e chegou a 130 mil toneladas em 2010. Cerca de 80% desse total é usado, no país, na indústria de pneumáticos, sendo que as maiores culturas estão concentradas em São Paulo, Mato Grosso e Bahia.
Hoje, o Brasil atende a 30% da demanda interna. Para incentivar os produtores nacionais e alcançar a autossuficiência, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, ampliou o crédito disponível e facilitou as condições de financiamento para a safra atual.
As projeções de consumo do produto mostram que é rentável investir em novos seringais. Até 2030, estima-se que a demanda nacional chegará a um milhão de toneladas. Esses números mostram que a heveicultura é economicamente viável e pode trazer lucros tanto para pequenos como para grandes produtores.
Além disso, como destaca o professor Dr. Adonias de Castro Virgens Filho, no curso Cultivo de Seringueira para Produção de Borracha Natural, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, essa é uma cultura que pode ser realizada em consórcio com cultivos semi-perenes, como mamão, pimenta-do-reino, maracujá e banana.
“O cultivo da seringueira em sistemas agroflorestais também constitui uma opção que, além de permitir a antecipação do ponto de nivelamento econômico do investimento, reduz os riscos ecológicos, característicos das monoculturas. Soma-se a isso a melhor possibilidade de aproveitamento dos fertilizantes e das interações comuns nos agrossitemas, quando bem planejados. Entre as culturas que podem ser empregadas estão a pupunha, açaí, citros, fruteiras, guaraná, café e cacau”, acrescenta o professor, pesquisador da CEPLAC-BA, experiente conhecedor do cultivo de seringueira.
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