O próximo encontro da versão latino-americana da BioFach está marcado para cinco, seis e sete de outubro de 2011.
Durante o encontro da Biofach América Latina deste ano, a redução de impostos e pagamentos por serviços ambientais aos produtores foram as informações que mais despertaram interesse. O evento, sediado na cidade de São Paulo, aconteceu no início deste mês.
A afirmativa foi feita pelo coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, em sua palestra. “Essa é uma das formas de reduzir gastos e fomentar o setor. Queremos que o produto orgânico tenha preços mais competitivos e que seja permitida a universalização do acesso”.
Para promover o setor, o Ministério apresentou os fundamentos legais relevantes, bem como um rótulo orgânico oficial em um processo de seleção pública. Os primeiros produtos orgânicos com o novo rótulo oficial já estão nas prateleiras dos supermercados. Para utilizá-lo, os fabricantes podem se inscrever no Ministério da Agricultura.
Para o professor Jacimar Luiz de Souza, especialista em agricultura orgânica, “políticas governamentais de fomento à pesquisa, produção, certificação e comércio de produtos orgânicos são fundamentais para a expansão dessa atividade”. O professor apresenta no curso Cultivo Orgânico de Hortaliças, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, a Suécia como um país que possui um programa de governo exemplar. O Estado incentivou a conversão de sua área agrícola para o sistema orgânico e, atualmente, tem metas para empregar somente energias renováveis em todo seu processo de produção, principalmente nos meios de transporte.
Pelo segundo ano consecutivo a Biofach América Latina abordou o tema da inserção de orgânicos na alimentação escolar de escolas públicas, dando agora destaque ao novo cenário decorrente da aprovação da Lei Nº 11.947(16 /06/ 2009) e sua regulamentação (em 22/07/2009) que dispõem sobre mudanças no atendimento da alimentação escolar.
O evento ainda discutiu temas como mercado de orgânicos no mundo, sementes orgânicas e não transgênicas, biodiversidade e Copa do Mundo 2014, parcerias Empresas & Extrativismo, eventos “verdes” e a economia verde, e a preferência do consumidor.
Por: Ariádine Morgan
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