Uma das grandes preocupações na atualidade é criar maneiras para reduzir o aquecimento global. O primeiro passo foi dado há 23 anos, quando foi assinado o Protocolo de Montreal, em 16 de setembro de 1987. Nesse documento foi feito um acordo para que o gás CFC – Clorofluorcarbono, apontado como maior causador do buraco na camada de ozônio, não seja mais produzido.
Agora, o biocarvão é mais uma estratégia nesse combate. Também conhecido como biochar, esse é um material rico em carbono, obtido com algum tipo de biomassa, como madeira, palha, bagaço, ossos, esterco ou folhas que, após carborizada, ou seja, aquecida em ambiente com pouco ou nenhum ar, transforma-se em carvão, usado como condicionador de solos.
O resultado é um solo de melhor qualidade, com aumento de produtividade. Além disso, sequestra e estoca carbono por longos períodos, tornando-se uma importante ferramenta para o combate ao aquecimento global. Os finos do carvão, que antes eram considerados resíduos, são utilizados na agricultura. Portanto, é também uma estratégia econômica, uma vez que o Brasil é o maior produtor de carvão vegetal, os quais 15% se perdem na forma de finos.
O professor Luiz Inácio, no curso Análise de Solo e Recomendações de Calagem e Adubação, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, afirma que “a adubação tem como objetivo principal manter ou aumentar a quantidade de nutrientes do solo, de tal forma que as deficiências do mesmo, em virtude da natureza do material de origem, do clima e do manejo, sejam resolvidos”.
Agregar o melhoramento do solo à preservação ambiental e lucratividade é um grande avanço. Com o uso do biocarvão o ambiente é preservado, pela substituição de uma matriz energética não-renovável, como os combustíveis fósseis, por bioenergia; pela reciclagem de resíduos; e pelo aumento dos estoques de carbono estável no solo. A economia, também, lucra, com o aumento da produtividade das lavouras e a redução no uso de fertilizantes químicos.
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