É com base no teor de proteína bruta do volumoso que se formula o concentrado.
No Dia Mundial do Leite, o mais importante é falar daquilo que determina o potencial da produção: a alimentação. Ela pode representar cerca de 60% dos custos, sendo que a qualidade da forragem e sua disponibilidade por vaca indicarão a quantidade da produção diária.
Os concentrados são compostos com alto teor de energia, mais de 60% de nutrientes digestíveis totais (NDT) e menos de 18% de fibra bruta (FB), sendo divididos em energéticos e proteicos. Os energéticos são aqueles com menos de 20% de proteína bruta (PB), como milho, sorgo, sebos e gordura animal. Já os proteicos são os que possuem mais de 20% dessa mesma proteína, sendo, assim, o farelo de soja, de girassol, de amendoim, a farinha de peixes e carne.
É com base no teor de proteína bruta do volumoso que se formula o concentrado. Em geral, são necessários 85g. de PB para cada quilo de leite. Entretanto, se o nível de produção de leite é alto, é preciso considerar que existem duas formas de aumentar a proteína e a energia da dieta. Uma é aumentar a proporção de concentrado para 60% e a outra é corrigir o teor de proteína bruta no concentrado, opção com grande peso sobre os custos.
De acordo com o professor Dr. Fermino Deresz, no curso Produção de Leite a Pasto, desenvolvido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, o limite máximo de concentrado na dieta na base da matéria seca é de 60%. “Quanto pior o volumoso, mais aumenta a participação do concentrado; por isso, silagens e forrageiras de baixa qualidade não resolvem os problemas de eficiência produtiva da criação”, explica Deresz, pesquisador da Embrapa Gado de Leite.
Para elaboração da mistura concentrada, devem ser selecionados alimentos de boa disponibilidade e baixo custo. Após a escolha dos ingredientes, é preciso verificar a sua composição química e determinar a sua proporção na mistura.
Por: Ariádine Morgan
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