A produtividade brasileira não é influenciada pela expansão do território cultivado.
Uma pesquisa realizada pelo Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, afirma que o Brasil está à frente de outros países na produção e exportação de alimentos. O estudo, que analisou o comportamento do setor nos últimos 35 anos, aponta que o crescimento médio anual, de 1974 a 2009, foi de 3,57%, enquanto os Estados Unidos, no mesmo período, teve uma média de crescimento de 1,87% ao ano.
Os fatores que mais impulsionaram o bom desempenho foram a política de crédito e o desenvolvimento de pesquisas agropecuárias. Os financiamentos proporcionaram a compra de insumos, como fertilizantes e máquinas agrícolas, e as pesquisas fomentaram novas tecnologias, que geraram variedades agrícolas mais resistentes às mudanças climáticas e melhor adaptadas ao meio ambiente, bem como novos métodos de cultivo.
A produção de carne bovina por hectare de pastagem, no que diz respeito ao peso de carcaças, passou de 10,8 para 42,3 quilos. Esse número é ainda mais considerável quando se trata da produção total de carne, que foi multiplicada por sete, saltando de 2,7 para 19,5 milhões de toneladas nas últimas três décadas.
O professor Dr. Pedro Veiga, no curso Avaliação e Tipificação de Carcaças Bovinas, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, ressalta que “a pecuária do Brasil tem características peculiares importantes que merecem ser destacadas, como o enorme potencial de expansão; a grande diversidade edafoclimática e de espécies forrageiras; e a predominância da raça zebuína, extremamente adaptada às condições locais. Soma-se a isso, a participação de 28% no comércio internacional, com exportações para mais de 170 países.”
Outra excelente notícia é que a produtividade brasileira não é influenciada pela expansão do território cultivado. Durante o período estudado, a área aumentou em 44%, já a produção de grãos cresceu 240%, evidenciando o grande desempenho agropecuário nacional.
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