A agricultura brasileira tem crescimento da produtividade superior à média mundial.
Estudo recente da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2011 afirma que o Brasil tem a maior produtividade agrícola da América Latina e do Caribe e cresce bem acima da média dos outros países do mundo. Outros países, além do Brasil, possuem crescimento maior do que o normal, entre eles os do Leste Europeu, a China e a África do Sul.
No restante do mundo, ao contrário, principalmente entre os países desenvolvidos, existe uma queda acentuada nas taxas de produtividade na maioria das culturas. Países como França, Inglaterra e Estados Unidos têm visto o rendimento das lavouras caírem de modo considerável a cada ano, contribuindo para uma redução brusca na média do crescimento da produção mundial, que é de 1,46% ao ano.
Por outro lado, o Brasil ajuda a elevar o índice da América Latina, com uma produtividade crescendo a 3,6% ao ano. A produção da América Latina como um todo cresce menos do que a do Brasil, mas ainda é maior do que a média mundial (2,6% ao ano). Enquanto isso, a dos países desenvolvidos cresce 0,86% e a dos países em desenvolvimento atinge 1,98%.
O coordenador geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, avalia que alguns fatores colaboraram para esse resultado. Primeiro, os avanços na área de pesquisas, tanto aquelas feitas com financiamento do governo como as realizadas pela Embrapa, e as desenvolvidas pelo setor privado. O aumento das exportações também foi muito importante para a produtividade agrícola brasileira. Outros pontos positivos foram a ampliação do crédito rural e o aumento dos preços no mercado interno.
O veterinário e consultor Fabiano Alvim Barbosa, professor do curso Planejamento e Gestão Financeira da Empresa Rural, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, explica que a produção brasileira conseguiu esse desempenho sem aumentar a área plantada. Isto coopera para uma produção mais eficiente e sustentável.
Por: Maria Clara Corsino.
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