Um estudo realizado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Fepagro) comprovou o aumento da produtividade nas plantações de morango no estado devido à polinização de abelhas nativas. O resultado foi publicado na última edição da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A abelha comum (Apis mellifera) foi substituída pela mirim (Plebeia nigriceps), que é natural do estado e não possui ferrão. De acordo com a pesquisadora Sídia Witter, o resultado do trabalho mostrou a importância do uso de abelhas para a agricultura familiar no Rio Grande do Sul. Ela afirma que grande parte da aplicabilidade das abelhas está na polinização e não na produção de mel.
Sídia faz parte de um projeto financiado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA). O projeto pretende desenvolver a restauração, a conservação e a sustentabilidade do uso de polinizadores na agricultura.
O estudo começou com o cultivo dos morangos em estufas, no período de agosto a novembro de 2007, na Estação Experimental da Fepagro Saúde Animal, em Eldorado do Sul. De acordo com a pesquisadora, o aumento da produtividade acontece por causa da redução da autopolinização dos frutos. Esse processo causa a deformação e a consequente perda dos morangos. Já as abelhas fazem a polinização cruzada, que provoca a variedade genética.
Por: Maria Clara Corsino.
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