“Vamos cortar os custos!”, quando o chefe já começa com essa expressão é comum que seja diagnosticada a doença conhecida como Síndrome do Torniquete. O sintoma é simples: o fluxo de caixa mostra mais saídas que entradas. Diante de uma crise financeira, é claro que é preciso se preocupar com os custos da empresa e se planejar para a redução dos mesmos.
Mas, nesse caso, o que acontece é uma extrema miopia. A maioria das empresas com problemas financeiros se concentram apenas no corte das despesas. Perguntas simples são esquecidas, como por exemplo:
1. A empresa trabalha com um produto/serviço que as pessoas desejam adquirir?
2. É preciso modificar algo no produto/serviço para que as pessoas voltem a procurá-lo?
3. Os distribuidores, representantes têm treinamento adequado e estão motivados à comercializar os produtos/serviços?
Muitas outras perguntas poderiam ser levantadas, mas as empresas em crises financeiras só pensam nas saídas e se esquecem das entradas. Não se lembram de todo o mercado que a empresa tem potencial para conquistar.
Para o professor Hélvio Tadeu Cury Prazeres, no curso Administração Financeira na Pequena Empresa elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas, “as estratégias básicas que são empregadas pelas empresas na administração de seu caixa são, retardar, tanto quanto viável, o pagamento de duplicatas, sem prejudicar o conceito de crédito da empresa, aproveitando, porém, quaisquer descontos financeiros favoráveis. Girar os estoques com a maior rapidez, evitando falta de estoques que podem resultar na interrupção na linha de produção ou numa perda de vendas e receber, o mais cedo possível, as duplicatas a receber sem perder vendas futuras, devido as técnicas severas de cobranças”.
O planejamento é a metodologia chave para o sucesso de qualquer empreendimento. Dentro dele destaca-se o plano de negócios, um instrumento simples que visa estruturar as principais concepções e alternativas para uma análise correta da viabilidade das mudanças nos negócios. Isso proporciona para a empresa uma avaliação antes de colocar em prática a nova ideia, reduzindo, assim, as possibilidades de se desperdiçarem recursos em um negócio inviável. Também pode ser utilizado para solicitar empréstimos e financiamentos.
Por: Ariádine Morgan
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