No decorrer da história, as mulheres conquistaram o intangível. Elas ganharam espaço em um mundo opressor, onde o arquétipo feminino era embasado em recato, submissão, anulação. O movimento sufragista das operárias das fábricas norte-americanas foi um marco histórico e, portanto, jamais esquecido. A partir desse momento, as mulheres deram um basta à opressão, em busca de condições dignas de trabalho.
Mas a luta das mulheres não se restringiu aos Estados Unidos. Pelo contrário, ultrapassou fronteiras, desbravou horizontes, alcançou uma amplitude jamais imaginada. Na Nova Zelândia, Kate Sheppard lutou arduamente para que o país fosse o primeiro no mundo a conceder direito de voto às mulheres. Na França, as mulheres finalmente ganharam acesso aos cursos de Medicina. E não para por aí! No Brasil, na Inglaterra, no Japão, na Itália, foram muitas as mulheres vitoriosas, que lutaram pelos direitos femininos.
Movimentos contra o feminicídio, contra a desigualdade de gêneros, contra o assédio sexual, contra o terrorismo psicológico, contra a violência doméstica, contra o preconceito, contra a desigualdade salarial. São inúmeras as causas que têm impulsionado e motivado as mulheres a lutarem incansavelmente em busca de justiça, liberdade, igualdade, reconhecimento, respeito, valorização.
Não é coincidência que, antes mesmo de 1975 (Ano Internacional da Mulher), a marcante data é celebrada mundialmente. Oficializado pela ONU - Organização das Nações Unidas, 8 de março vai muito além de um dia de comemoração, de celebração pelas conquistas políticas e sociais da mulher. O Dia Internacional da Mulher é atemporal, extrapola a data do calendário, pois o caminho a ser percorrido ainda é longo e muitas conquistas estão por vir.
Por Andréa Oliveira.
Fonte: bbc.com
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