
Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra. Veja a seguir uma crítica do filme.
Para você que pensou, lá vem mais uma história de super-herói, se enganou. Na verdade estamos diante de uma heroína, e, sem sombra de dúvida, também, estamos diante da melhor adaptação da DC Comics desde Batman - O Cavaleiro das Trevas. Esta produção surge para dar nova vida ao universo da companhia, prejudicado pelo irregular Batman Vs Superman - A Origem da Justiça e pelo trágico Esquadrão da Justiça.
Mulher-Maravilha é o primeiro filme-solo de uma heroína a ganhar as telas desde o péssimo Elektra, em 2004. Mas lá, estávamos diante de um outro mundo, em que as adaptações de HQs ainda não eram algo tão grande como hoje em dia, num mundo pré-universos Marvel e DC. E se a Marcel foi mais rápida ao reunir seus principais super-heróis em um só obra, a DC venceu a corrida para lançar o primeiro filme-solo com uma protagonista feminina, mostrando que a concorrência errou ao não se render aos apelos por um longa da Viúva Negra, por exemplo.
A combinação simplicidade narrativa e conexão emocional - dá a Mulher-Maravilha uma aura de cinema antigo, com uma ingenuidade que se distancia do "sombrio e realista" para abraçar o fantástico. É o que permite soluções doces, por vezes singelas, e dá espaço para cenas divertidas, como o contraste entre a princesa guerreira e um mundo conservador. O choque frente ás regras sociais direcionadas às mulheres - restritas por roupas e sem direito a ação e opinião - expõe o ridículo da situação sem que seja necessário assumir uma postura de conscientização.
A diretora Patty Jenkins, que já havia se destacado em Monster - Desejo Assassino e na série The Killing, cai como uma luva no mundo dos super-herói. O filme funciona como ação, como fantasia, como aventura e até mesmo como romance. Trata de um amor entre pessoas, mas também de um amor altruísta pela humanidade. Neste sentido, chega até ser um pouquinho piegas, mas é importante por desenvolver uma protagonista que é forte e determinada, mas também sensível e capaz de amar.
Mulher-Maravilha, é uma heroína que ganha o centro da ação em uma história forte e extremamente feminina, mas de alcance universal. Um filme dirigido e estrelado por mulheres que não cogita qualquer barreira de gênero, como a própria Diana jamais cogitou. A princesa do Amazonas só precisava mesmo de oportunidade para mostrar o que podia nos cinemas.
Mulher-Maravilha (Wonder Woman): Jun/2017
Nacionalidade: EUA
Gênero: Ação, Aventura, Fantasia
Direção: Patty Jenkins
Roteiro: Allan Heinberg
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Elena Anaya, Lucy Davis.
Fontes: Adoro Cinema, Omelete.
por Ana Carolina dos Santos.
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