
A suplementação alimentar com vitaminas E e Se, reduz as taxas de mastite e melhora a resposta imunológica.
Fornecer uma dieta balanceada para animais de um rebanho leiteiro requer o uso suplementar de minerais e vitaminas. Eles têm importância nas funções estrutural (estrutura do tecido ou de compostos orgânicos) e metabólica, ou seja, participando do metabolismo dos outros nutrientes da dieta.
O produtor pode fazer uso de núcleos minerais comerciais ou preparar a mistura mineral na própria fazenda; neste caso, deve ficar atento quanto à idoneidade dos ingredientes adquiridos (qualidade) e à homogeneidade da mistura. Adquirindo o núcleo mineral, basta misturar o concentrado antes do fornecimento.
Vitamina E e selênio (Se), têm função antioxidante na membrana celular, portanto, protegem as células contra a oxidação. As deficiências clássicas de vitamina E incluem a anemia, doenças musculares e inflamação do tecido adiposo. A vitamina E, é concentrada no colostro e transferida para a cria.
A deficiência de Se (selênio) causa distrofia muscular. O Se é transferido para o feto por meio da placenta.
As fontes de vitamina E são as plantas e os óleos vegetais, enquanto o teor de Se nos tecidos das plantas é dependente de sua disponibilidade no solo. O aumento do uso de subprodutos na dieta animal pode alterar o balanço nutricional de vitamina E e Se no rebanho.
Estudos sugerem a suplementação de vacas e novilhas com vitamina E e selênio (Se), baseando-se no atual mérito genético (maior exigência), pelas suas funções antioxidantes e imunológicas.
A vitamina E apresenta ainda a função nutracêutica (atividade farmacológica quando administrada em dosagem acima do recomendado) e de “nutriente de condição”, neste caso, condições de estresse e uso de outros nutrientes (gordura) podem aumentar o requerimento de vitamina E.
É conhecido seu efeito na suplementação de novilhos de corte, com 500 UI/dia sobre a durabilidade da carne, e, dose de 1.000 – 2.000 UI/dia, por vaca em lactação, pode garantir a estabilidade no sabor do leite. Esses níveis de vitamina E, potencialmente excedem a quantidade requerida pelos animais, ainda que produzam um efeito benéfico sobre o produto.
A suplementação com vitamina E tem mostrado efeito positivo sobre animais sob condição de estresse gerado após transporte ou por condição climática, assim como, na redução da taxa de retenção de placenta e edema de úbere em vacas de leite.
A suplementação de vitamina E e Se reduz as taxas de mastite e melhora a resposta imunológica.
Ambos podem ser fornecidos por via injetável ou na dieta. A suplementação na dieta, na proporção de 0,3 mg/kg de MS de Se, 40 a 120 UI de vitamina E por kg de MS, são as doses recomendadas. Doses mais altas de vitamina E devem ser usadas em dietas fornecidas no pré-parto.
A necessidade de suplementação com vitamina E aumenta quando o consumo de forragens verdes é reduzido, enquanto a com Se pode ser necessária quando os animais pastejam ou recebem forragens produzidas em solos com deficiência em Se. É importante lembrar que o excesso de vitamina E é desperdício e o Se em excesso apresenta toxicidade.
Por: Ana Carolina dos Santos
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