
A palmeira macaúba apresenta grande potencial para produção de óleo e possui vantagem sobre diversas oleaginosas pela sua rentabilidade agrícola e produção total de óleo. O processamento do fruto gera, além dos óleos, coprodutos (torta de polpa e de amêndoa e endocarpo) que podem ser comercializados ou utilizados como fonte energética, contribuindo para redução do custo de produção ou gerando receitas para a empresa.
O beneficiamento do coco da macaúba produz dois tipos de óleo:
- Óleo de polpa.
- Óleo de amêndoa.
E gera como coprodutos aproveitáveis:
- Torta de polpa.
- Torta de amêndoa.
- Carvão do endocarpo.
- Alcatrão do endocarpo.
Segundo Dr. Luiz Ângelo Mirisola Filho, professor do Curso a Distância CPT Cultivo e Processamento de Coco Macaúba para Produção de Biodiesel, em Livro+DVD e Curso Online, “Os óleos extraídos do fruto contêm componentes com potencial de utilização nas indústrias de alimentos, fármacos, cosméticos, além da possível destinação energética para produção de biodiesel”. Cada hectare da cultura gera um mínimo esperado de 20.000 kg de frutos frescos anualmente o que gera:
- Óleo da polpa - 3.600 (18%)
- Óleo da amêndoa - 400 (2%)
- Torta da polpa - 4.700 (23,5%)
- Torta da amêndoa - 760 (2,3%)
- Carvão (Endocarpo) - 1.520 (7,6%)
- Alcatrão (Endocarpo) - 760 (3,8%)
Custos de produção
- Densidade de plantio: 460 plantas / ha.
- Tempo para a produção das mudas: 5 a 7 meses.
- Início de florescimento: terceiro ano após o plantio.
- Início da colheita: quarto ano após o plantio.
- Produtividade mínima esperada (peso de frutos frescos) a partir do terceiro ano de produção: 20.000 kg.
- Período de colheita: variável com a região, sendo de 5 a 7 meses, geralmente de Setembro a Março.
Os custos irão depender de fatores como o tamanho da área a ser implantada, declividade do relevo, que influenciará desde o preparo do solo, bem como as operações de tratos culturais e colheita, afetando principalmente a mecanização; fertilidade natural dos solos e mão de obra da região. O custo de insumos inclui gastos com fertilizantes, defensivos e ferramentas. As operações incluem mão de obra e operações tratorizadas. Nos custos levantados não está incluído a infraestrutura necessária para implantação e condução da lavoura.
Atualmente a cultura está sendo explorada apenas de maneira extrativista em algumas regiões de Minas Gerais, onde existe grande concentração de plantas nativas. A empresa pioneira no plantio tecnificado da Macaúba é a ENTABAN, multinacional espanhola, que iniciou um projeto para a implantação de 60 mil hectares da cultura na região de Lima Duarte, no Sul de Minas Gerais.
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Por Silvana Teixeira.
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Comentários

Gilson dias e souza
16 de abr. de 2019Gostaria de saber mais sobre a macaubas

Resposta do Portal Cursos CPT
16 de abr. de 2019Olá Gilson,
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Atenciosamente,
Mariana Caliman Falqueto