O uso de plantas medicinais para cura de doenças e sintomas remonta aos primórdios do homem na Terra. Essa sabedoria popular atravessou os séculos e, ainda hoje, as plantas são remédios de grande valor para muitos povos, principalmente daqueles de baixa renda.
A tradição em se utilizar remédios caseiros para cura de doenças comuns como gripes, resfriados e problemas digestivos está presente em todos os lares. Cada família conhece pelo menos uma receita caseira. E essas receitas sempre utilizam plantas medicinas. Elas passam de geração a geração e têm sobrevivido ao passar do tempo e ao crescimento da medicina alopática e dos remédios sintéticos. Conheça algumas destas ervas medicinais utilizadas como remédios:
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
Habitat/cultivo: o alecrim é originário da Europa, mas está aclimatado ao Brasil, vegetando bem em todos os estados. Reproduz-se por meio de sementes, divisão de touceiras, estaquia e mergulhia. Prefere clima temperado ou quente e bastante luminosidade; é sensível a ventos fortes e temperaturas baixas.
Propriedades terapêuticas: tônica, eupéptica, antisséptica, sudorífera, vulnerária, balsâmica, antirreumática, calmante, estomáquica, antidiabética, cardiotônica. Para uso em cosmética e dermatologia, o alecrim atua contra a queda de cabelos, contra a caspa, contra acne, escurece os cabelos e estimula o crescimento capilar.
Indicações:
As Folhas e hastes finas são utilizadas para:
1) Debilidade do coração e estômago, afecções hepáticas, intestinais e renais, afecções das vias respiratórias, dismenorreias, diabetes
Uso interno: chá por infusão ou decocção, dosagem normal.
2) Reumatismo, feridas, úlceras
Uso externo: chá por decocção, sob a forma de banhos de corpo inteiro ou locais.
3) Feridas e úlceras
Uso externo: folhas secas reduzidas a pó e aplicadas sobre as feridas, para ativar sua cicatrização.
Babosa (Aloe sp.)
Habitat/cultivo: é originária da África e da Ásia. Hoje, está bem aclimatada ao Brasil, sendo muito cultivada nos jardins. Prefere clima quente. Reproduz-se, principalmente, por meio de filhotes. Prefere solos argilosos, com boa exposição solar. O excesso de água nas folhas e raízes pode provocar sua deterioração.
Propriedades terapêuticas: resolutiva, emoliente, antisséptica, cicatrizante, anti-inflamatória.
Indicações:
As folhas são utilizadas para:
1) inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo
Uso externo: suco fresco para aplicação tópica, sendo eficiente resolutivo e emoliente.
2) Feridas, inflamação dos olhos
Uso externo: polpa interna das folhas, para aplicação tópica, como eficiente cicatrizante e resolutivo.
3) Hemorroidas
Uso externo: folhas despidas da cutícula, usadas como supositório.
Calêndula (Calendula officinalis)
Habitat/cultivo: planta de origem europeia; atualmente encontrada em quase todo o mundo e bem aclimatada no Brasil. A reprodução é feita por sementes, diretamente nos canteiros ou em sementeiras, durante a primavera ou no verão. Gosta de bastante sol, preferindo solos férteis, profundos, frescos e permeáveis.
Propriedades terapêuticas: vulnerária, resolutiva, tônica, antiespasmódica, antisséptica, emenagogo, analgésica.
Indicação:
As folhas e flores são utilizadas para:
1) Feridas, úlceras, acne, inflamações purulentas
Uso externo: soca-se as folhas e as flores até obter uma pasta que é aplicada entre dois panos ou diretamente sobre as feridas. Essa pasta é considerada um poderoso antisséptico.
2) Úlceras gastroduodenais
Uso interno: chá por infusão ou decocção, dosagem normal. Tem também propriedades analgésicas e emenagogas.
As flores são utilizadas para:
1) Icterícia, escorbuto, inflamações dos olhos
Uso interno: chá por infusão, dosagem normal. Este chá é ainda estimulante e antiespamódico.
As folhas são utilizadas para:
1) Artritismo, afecções nervosas
Uso interno: chá por infusão ou decocção, dosagem normal.
2) Calos, verrugas, pólipos
Uso externo: suco das folhas frescas, uso tópico.

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