A laminite é um processo inflamatório agudo das estruturas sensíveis da parede do casco, responsáveis pela formação e manutenção do casco, que resulta em claudicação e deformidade permanente do casco.
O que causa a laminite?
É uma condição normalmente associada à ingestão excessiva de grãos, embora também possa estar associada a fatores genéticos, idade, fatores infecciosos como metrite, mastite, entre outros; fatores ambientais como, umidade, contusão, estresse, traumas, falta de exercícios ou quadros de toxemia. Dependendo da causa e intensidade, a laminite se manifesta em vários tipos de lesões.
Sintomas:
A laminite pode ser aguda, crônica ou subclínica, sendo esta última a manifestação mais comum da enfermidade.
Os casos agudos geralmente estão associados a doenças que causam toxemia e, ou excessivo consumo de grãos. São acompanhados de manifestação de dor intensa e expressão de grande ansiedade com tremor muscular, sudorese e aumento da frequência cardíaca e respiratória. Os cascos afetados ficam quentes e com sinal visível de inflamação acima deles. O animal apresenta relutância em se mover, permanecendo deitado a maior parte do tempo; e se forçado a andar, tenta caminhar sobre os talões.
Nos casos crônicos, os cascos crescem em comprimento e a sola perde sua elasticidade e densidade normais, tornando-se mais quebradiça. Nessa forma, as alterações são facilmente observadas e caracterizam-se por deformações nos cascos. A claudicação pode desaparecer, embora o animal se mostre desajeitado.
A laminite sub-clínica é a forma mais importante da doença, porque, em geral, está associada a erros de manejo e as alterações nem sempre são observadas pelo produtor.
Lesões associadas à laminite:
- hemorragia de sola: manchas avermelhadas que variam em tamanho, causadas por lesões nos vasos sanguíneos;
- úlcera de sola ou broca dos cascos: são feridas que causam dor e manqueira e havendo contaminação a lesão pode evoluir para abscessos ou artrites;
- sola dupla: é uma falha momentânea na produção da sola caracterizada pela presença de duas ou mais solas separadas por espaço normalmente preenchido por sujeira; e
- doença da linha branca: infiltrações que ocorrem ao longo da linha branca decorrentes de falhas na produção da mesma.
Tratamento:
Quanto mais precoce for o diagnóstico da afecção, menos tecido do casco é afetado pela lesão e menor será o comprometimento do animal, minimizando assim todos os prejuízos descritos anteriormente.
O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e buscar remover a causa ou o fator predisponente e o alívio da dor. A primeira medida após a constatação do problema é a remoção do animal para um piquete com forragem e água de boa qualidade, sem oferta de concentrado.
Rotina de tratamento:
1) Lavar bem o pé com água corrente limpa, sabão e escova;
2) Passar iodo 30%, primeiro na ferida e depois na unha toda;
3) Pingar antimicótico sobre a ferida;
4) Fazer a aplicação tópica de antiobióticos (Tetraciclina, penicilina em pó) sobre a ferida;
5) Enfaixar o pé com atadura de crepom; e
6) Trocar o curativo a cada dois dias.
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