
Um dos maiores problemas enfrentados pelos pecuaristas atualmente tem sido o ataque de insetos à sua criação, o que acaba prejudicando o desenvolvimento do animal e gera prejuízos que pesam no bolso deles. A mosca-dos-estábulos é um desses exemplos, haja vista que elas são as responsáveis por reduzir em até 20% o ganho de peso em bovinos.
John Furlong, professor do Curso a Distância CPT Controle de Carrapato, Berne e Mosca-dos-chifres, ressalta que o controle desse inseto é necessário, para evitar que haja um surto e a criação toda seja prejudicada.
A mosca-do-estábulo, também conhecida como bironha, beronha ou murianha, é parecida com a mosca-doméstica, mas apresenta algumas diferenças na anatomia, que é utilizada para sugar o sangue de animais, provocando o surgimento de feridas nas orelhas e transmitindo doenças.
Além de perder o sangue do qual as moscas se alimentam, as picadas, que são doloridas, também podem causar estresse no animal. Por conta disso, eles acabam por permanecer menos tempo no pasto, diminuindo sua alimentação e ganhando pouco peso, o que prejudica também a produção de leite.
De acordo com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –, responsável por nortear a pecuária em nosso país, essas são algumas das alternativas de controle da mosca-do-estábulo:
– Manter a higiene das instalações, limpando sistematicamente fezes e restos alimentares, principalmente naquelas propriedades com sistema de confinamento ou leiterias.
– Remover e dar destino adequado (via espalhamento ou compostagem) para toda e qualquer matéria orgânica acumulada, especialmente, os resíduos alimentares e/ou dejetos dos animais.
– Misturar o material de compostagem completamente duas vezes por semana e dispor a composteira de modo a drenar naturalmente a água da chuva.
– Avaliar a eficácia dos princípios ativos inseticidas de produtos químicos antes de sua aplicação no controle da mosca.
– Usar, quando necessário, inseticidas que sabidamente funcionam e que possuam origem reconhecida, assim como, registro para uso em animais, utilizando sempre com rigor a dose e o volume de calda indicados por animal a ser tratado.
– Procurar a assistência técnica, sempre e especialmente, quando for percebido que os produtos de controle não estão fazendo o efeito desejado.
– Realizar o controle químico, quando necessário, apenas nos dias previamente programados de forma coordenada. Todas as propriedades envolvidas e adjacentes ao problema devem fazer parte da programação.
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Fonte: Mosca-dos-estábulos: como controlar surtos: fazendo certo! – Embrapa – embrapa.br/gado-de-corte
por Renato Rodrigues
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