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Enem 2013 - Tipos de discurso

Os discursos são caracterizados pela forma que a narrativa é realizada.

Existem três tipos de discurso utilizados em uma narrativa: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.

Existem três tipos de discurso utilizados em uma narrativa: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.

Ao escrever uma narrativa, precisamos adotar um tipo de discurso que pode ser: direto, indireto ou indireto livre.

1) Discurso direto: no discurso direto, damos voz ao personagem, ele fala. É o mais fácil de entender, pois é o que mais aproxima o personagem do leitor, por isto é tão comum na literatura infanto-juvenil e nas narrativas populares. Ele é caracterizado pelo uso dos verbos discendi, que indicam que alguém vai se expressar: falar, declarar, gritar, responder, perguntar, interrogar, entre outros, e os verbos sentiendi, que expressam estado de espírito: gemer, suspirar, lamentar e outros. Outras características marcantes são o uso do parágrafo e do travessão antes das falas, que podem vir também precedidas por comentários do narrador, seguidos por dois pontos. O autor reproduz nos excertos do conto “A Cartomante” de Machado de Assis.

Exemplo 1:

Chegando em casa, já ali achou o Gustavo, um pouco preocupado, e a própria D. Amélia o parecia também. Entrou rindo, perguntou ao amigo se lhe faltava alguma cousa.
- Nada.
- Nada?
- Por quê?
- Mete a mão no bolso; não te falta nada?
- Falta-me a carteira, disse o Gustavo sem meter a mão no bolso. Sabe se alguém a achou?
- Achei-a eu, disse Honório entregando-lha.
(Machado de Assis – A Carteira)


Exemplo 2:

Era uma mulher de quarenta anos, italiana, morena e magra, com grandes olhos sonsos e agudos. Voltou três cartas sobre a mesa, e disse-lhe.
Vejamos primeiro o que é que o traz aqui. O senhor tem um grande susto...
     Camilo, maravilhado, fez um gesto afirmativo.
E quer saber, continuou ela, se lhe acontecerá alguma cousa ou não...
A mim e a ela, explicou vivamente ele
(Machado de Assis – A Cartomante)


Outro modo de apresentar a fala pelo discurso direto é por meio do uso de dois pontos e aspas, sem o travessão:

No dia seguinte, estando na repartição, recebeu Camilo este bilhete de Vilela: “Vem já, já, à nossa casa; preciso falar-te sem demora.” Era mais de meio-dia. Camilo saiu logo; na rua, advertiu que teria sido mais natural chamá-lo ao escritório; por que em casa? Tudo indicava matéria especial, e a letra, fosse realidade ou ilusão, afigurou-se-lhe trêmula. Ele combinou todas essas cousas com a notícia da véspera.
A voz da mãe repetia-lhe uma porção de casos extraordinários, e a mesma frase do príncipe da Dinamarca reboava-lhe dentro: “Há muitas cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia...”.


Como podemos observar nos excertos acima, retirados do mesmo conto “A Cartomante”, o autor usou aspas para marcar os pensamento e também as frases retiradas das mensagens escritas.

2) Discurso indireto: No discurso indireto, o autor narra, com suas próprias palavras, as falas dos personagens. Ele usa os verbos discendi e, ou sentiendi, a conjunção integrante que, além de adotar formas verbais, pronomes, e advérbios diferentes dos usados no discurso direto:

“O menino gritou de dentro do banheiro pedindo a sua mãe que lhe trouxesse a toalha.”

Observe, abaixo, o mesmo contexto no discurso direto e no discurso indireto:

Discurso Direto:

O empresário declarou em Janaúba:
Eu estou aqui participando deste evento que certamente trará muitos empregos para esta região.


Discurso indireto:

O empresário declarou em Janaúba que estava lá participando daquele evento que certamente traria muitos empregos para aquela região.

Observe que até os verbos, pronomes e advérbios mudam: "aqui" passa para "lá"; "esta" passa para "aquela"; "trará" para "traria".

3) Discurso indireto livre: é uma mistura do discurso direto e indireto. Exige um leitor mais experiente, pois a fala é apresentada de modo livre no discurso narrativo, sem nenhum sinal que a identifique; não apresenta, também, as conjunções "que" e "se", nem os verbos de elocução. É um recurso muito usado pelos grandes mestres da literatura brasileira, principalmente quando o narrador é onisciente. Como exemplo, destacamos o conhecido romance de Graciliano Ramos, “Vidas Secas”, em que o autor usa e abusa, em sua estrutura, do discurso indireto livre.

Com este recurso, o autor promove um embaralhamento em que o leitor perde a noção entre o que é realidade e ficção e se envolve mais profundamente com os personagens e os acontecimentos, tornando a leitura muito mais interessante.

“Havia muitas coisas. Ele não podia explicá-las, mas havia. Fossem perguntar a seu Tomás da bolandeira, que lia livros e sabia onde tinha as ventas. Seu Tomás da bolandeira contaria aquela história. Ele, Fabiano, um bruto, não contava nada.”

 

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