
Quando a vaca gestante recebe uma dieta inadequada, o anestro é prolongado e o bezerro nasce debilitado. Por esses motivos, “são necessários cuidados essenciais por parte do pecuarista, em especial no manejo nutricional, para que a vaca prenhe ganhe vigor para o momento do parto e crie condições favoráveis ao bom desenvolvimento do feto”, afirma Luciano Patto Novaes, professor do Curso CPT Manejo da Vaca Gestante no Parto e Pós-Parto.
Meses finais de gestação e exigências nutricionais
Do sétimo ao nono mês de gestação, as exigências nutricionais da vaca aumentam significativamente, pois o feto se encontra bem desenvolvido e absorve cada vez mais nutrientes da mãe. Se for a primeira cria da vaca, como ela ainda está em crescimento, suas necessidades nutricionais são ampliadas. Independentemente de ser novilha primípara (ou não), é fundamental fornecer uma dieta balanceada, rica em proteína e energia.
Boa nutrição na gestação = bom desempenho reprodutivo
Um dos impactos negativos causados pela má nutrição da vaca gestante é o anestro ou a ausência de estro (cio). Quando prolongado, ele compromete o desempenho reprodutivo da vaca, pois reduz os índices de concepção na estação de monta. Mesmo porque quando a vaca acaba de parir e se encontra desnutrida, a ovulação é significativamente prejudicada. Daí a importância da boa nutrição durante o período gestacional.
5 boas práticas de manejo de vacas prenhes:
1. O pecuarista deve se preparar para o período de estiagem, para viabilizar a oferta de forrageiras às vacas prenhes mesmo na seca. Para tanto, o bom manejo da pastagem é fundamental;
2. As vacas gestantes devem ser encaminhadas aos piquetes-maternidade, para que sejam devidamente nutridas, o que evita eventuais abortos, nascimento de bezerros fracos, além de problemas durante o parto;
3. Aproximadamente 30 dias antes de parir, a vaca prenhe deve alocada para o piquete-maternidade. A escolha do local deve considerar a proximidade das instalações da fazenda pecuária, para facilitar a rápida observação dos primeiros sinais do parto;
4. O pasto-maternidade deve apresentar cobertura vegetal e drenagem adequadas. No local, deve haver uma área sombreada (4 m² por animal), com área de cocho apropriada (70 cm/animal) e baixa taxa de lotação (56 m² por animal);
5. O piquete-maternidade deve ter passado por vazio sanitário e permanecer limpo para evitar contaminação, em especial no bezerro recém-nascido. Com isso, evitam-se infecções umbilicais, bem como a proliferação de vírus, bactérias e protozoários causadores de diarreia.
Sinais indicativos da proximidade do parto
De 2 a 3 semanas do parto, o úbere aumenta de volume. De 2 a 3 dias do parto, a rugosidade dos tetos desaparece, pois se enchem de leite. Além disso, os músculos da pelve relaxam. Ainda mais perto do momento do parto, a vagina da vaca libera uma espécie de muco viscoso. Assim como a vulva se torna intumescida. Dos tetos, podem emanar gotas de colostro, pois a vaca se encontra no auge da lactação.
Quer saber mais sobre o curso? Dê play no vídeo abaixo:
Conheça os Cursos CPT da Área Gado de Leite.
Leia o artigo "Como cuidar da vaca e do bezerro ao parto."
Fontes: rehagro.com.br; cnpgc.embrapa.br
Por Andréa Oliveira.

Basta preencher os campos abaixo para receber o material por e-mail:
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.