
A cana tem como subproduto, de maior expressão, o bagaço, que pode representar até 30% da cana moída. No bagaço, restam poucos constituintes da cana, sendo a fibra e o açúcar os mais comuns. O bagaço obtido da moagem da cana inteira, ou seja, cana esmagada, contém mais açúcar do que o bagaço oriundo da cana que foi picada antes de ser moída.
O bagaço da cana poderá ser utilizado na adubação dos canaviais bem como nas caldeira para produzir calor. Outra forma de aproveitá-lo consiste em fornecê-lo triturado aos animais. Mas, neste caso, antes de utilizá-lo, será necessário que os animais passem por um período de adaptação, de três a quatro semanas, para se acostumarem ao consumo de bagaço de cana.
Segundo Juarez Souza e Silva, professor do Curso CPT Produção de Álcool Combustível na Fazenda, “esse período é importante, porque o bagaço sofre alterações que podem ter efeito no pH do rúmen dos animais, os quais podem formar compostos fenológicos e, em consequência, causar modificação no aproveitamento dos componentes desse alimento.”
Quando comparado com outros tipos de alimentos, o bagaço apresenta baixo teor de proteína e, quanto à digestibilidade da matéria seca, ele se equipara à palha de arroz e ao feno de capim-estrela. Após a moagem da cana, o bagaço deverá ser fornecido aos animais o mais rápido possível, para que não ocorram alterações físico-químicas, principalmente pela ação microbiana. Caso isso não seja possível, ele poderá ser armazenado de forma a preservar ao máximo suas características e contribuir para sua maior estabilidade.
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Por Silvana Teixeira.
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