Vou transportar pessoas deficientes. E agora, o que fazer?

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Se você é um motorista particular, muito provavelmente se deparará com a situação de ter de transportar pessoas com algum tipo de deficiência. Diante disso, saber lidar com a situação é fator fundamental para o desempenho de sua profissão. "Se a pessoa deficiente for membro da família ou pertencer à empresa a qual presta serviços, o motorista deverá, então, adaptar-se a essa situação, procurando saber qual a melhor forma de transportar essa pessoa", explica Plácido Soares, professor do Curso CPT Treinamento de Motorista Particular.

Em alguns casos, como os de tetraplegia, por exemplo, são necessários veículos especiais e adaptados para isso. No entanto, se o motorista receber a incumbência de transportar uma pessoa deficiente que não conheça, é importante que ele adote o seguinte padrão de comportamento:

- Converse normalmente com o deficiente. Nunca demonstre pena. Procure tratá-lo com o máximo de naturalidade.
- Chame a pessoa deficiente pelo nome, sempre que o souber.
- Dirija-se sempre ao próprio deficiente, quando o assunto disser respeito a ele, mesmo que esteja acompanhado.
- Antes de ajudar um deficiente, pergunte se ele está precisando de ajuda e procure seguir as instruções dele a respeito da forma como você pode ajudá-lo.
- Ao ajudar um cego a se locomover, deixe que ele segure seu braço e não o inverso.
- Para falar com uma pessoa surda, que esteja de costa, toque-a de leve no braço, para que se vire e possa compreender a mensagem que você tem para ela.

Durante o trajeto é importante que o motorista respeite as limitações da pessoa deficiente que está transportando, procurando observar o seguinte padrão de direção de acordo com o tipo de deficiência do passageiro:

- Cegos: geralmente a pessoa que não enxerga costuma ter desorientação de espaço com muita facilidade, por isso o motorista deve manter, tanto quanto possível, uma velocidade constante,
evitando andar muito rápido e logo em seguida muito devagar e vice-versa. Deve, também, ir narrando ao passageiro o que está acontecendo, explicando que estão parados porque há um engarrafamento, que existe uma curva acentuada logo à frente, e assim por diante.
- Deficientes Físicos: o motorista também deve evitar mudanças bruscas de velocidade, bem como curvas muito acentuadas, uma vez que isso pode desestabilizar a pessoa deficiente no assento do veículo. Deve evitar, também, passar por buracos, uma vez que os solavancos podem causar danos na estrutura física do passageiro.
- Surdos e Mudos: as pessoas que apresentam esse tipo de deficiência costumam se comunicar através de gestos e mímicas, por isso o motorista deve estar atento a eventuais mensagens que queiram lhe transmitir. Se o passageiro deficiente estiver no banco de trás, é importante que o motorista solicite a ela para que fique numa posição onde possa vê-la através do retrovisor.
- Paralisados Cerebrais: pessoas com paralisia cerebral exigem cuidados especiais que certamente o motorista não pode dar enquanto dirige. Por isso, ao transportar uma pessoa nessas condições, é importante que o motorista solicite a presença de um acompanhante responsável.

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Por Silvana Teixeira.