Programação neurolinguística e comportamento

  As alterações no estado interno de uma pessoa produzem mudanças em sua fisiologia corporal foto:stock.xchng

Sobre a PNL

A programação neurolinguística teve início quando Richard Bandler e John Grinder modelaram os padrões de linguagem e comportamentos nos trabalhos de Fritz Perls (fundador da Gestalt terapia) Virgínia Satir (fundadora da terapia familiar e terapia sistêmica) e Milton Erickson, M.D. (fundador da Sociedade Americana de Hipnose Clínica). As primeiras “técnicas” de PNL foram oriundas de padrões verbais e não-verbais que Grinder e Bandler observaram nos comportamentos destes terapeutas excepcionais.

Dessa forma, a PNL desenvolveu instrumentos e distinções com os quais identifica e descreve padrões verbais e não verbais dos indivíduos - isto é, aspectos chave do que as pessoas falam ou fazem. Os objetivos básicos da PNL são modelar habilidades especiais ou excepcionais e auxiliar a torná-las transferíveis a outros. O propósito deste tipo de modelagem é colocar o que foi descrito e observado em ação de uma maneira que seja produtiva e enriquecedora.

Calibração

Ocorre quando detectamos e registramos mentalmente os sinais verbais e não verbais associados a determinado estado interno. Alguns são universais, pertencendo a todo o ser humano. Outros são determinados pela cultura, sendo portanto, comuns aos integrantes de um grupo sócio-cultural. Outros, finalmente, são individuais e evidenciados especificamente em uma pessoa e não em outra.

Indicadores da calibração

Pistas Mínimas:

- Lista de referência ;

- Localização da respiração;

- Frequência da respiração ;

- Tensão ou relaxamento muscular;

- Mudança de cor;

- Piscar dos olhos;

- Movimentos oculares;

- Espessura dos lábios ;

- Inclinação e meneios da cabeça;

- Movimentos dos braços e das mãos;

- Postura corporal;

- Sorriso e mímica;

- Mudanças no tom da voz;

- Mudanças da velocidade da fala ;

- Volume da voz.

Fisiologia

“É o meio pelo qual o inconsciente expressa o estado interno, gerando comportamentos”, afirma a professora Marlene Monteiro, do curso Comunicação para o Sucesso Pessoal – Programação Neurolinguística, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. Ocorre das seguintes formas:

- Postura Corporal

Frequentemente as pessoas assumem determinadas posturas quando estão pensando. Estas posturas podem dar excelentes pistas sobre o sistema representacional que a pessoa está utilizando. Por exemplo:

Visual - Recostadas, cabeça e ombros levemente para cima, respiração superficial.

Auditivo - Corpo para frente, cabeça levantada, ombros para trás, braços cruzados.

Cinestésico - Cabeça e ombros para baixo, respiração profunda.

- Pistas de Acesso

Ao pensar, as pessoas disparam determinados tipos de representações de inúmeras maneiras, tais como: respiração, sons, expressões faciais, tamborilar dos dedos, coçar a cabeça, entre outros. Alguns destes sinais são idiossincrásticos e necessitamos nos “calibrar”a este indivíduo em particular. Muitas destas pistas, no entanto, estão associadas a processos sensoriais particulares. Exemplos:

Visual - Respiração alta e curta, piscar os olhos, voz acelerada e aguda.

Auditivo - Respiração diafragmática, testa franzida, voz flutuante em andamento e tonalidade.

Cinestésico - Respiração abdominal profunda, voz grave e lentificada.

- Gestos

As pessoas frequentemente apontam ou usam gestos para indicar que sentidos estão usando para pensar. Exemplos:

Visual - Tocar ou apontar para os olhos, gestos sobre a cabeça.

Auditivo - Apontar ou gesticular perto dos ouvidos, tocar a boca e a mandíbula.

Cinestésico - Tocar o peito ou a região abdominal, gestos abaixo do pescoço.

Como vimos, as alterações no estado interno de uma pessoa produzem mudanças em sua fisiologia corporal, evidenciadas por alterações em sua aparência externa e, portanto, acessíveis à percepção do comunicador atento. Para isso, é importante abrir os canais sensoriais, de modo a detectar diferenças cada vez mais sutis (Pistas Mínimas), é uma habilidade que a PNL ajuda a construir e refinar explicitamente, sendo um “projeto para toda a vida”. Para treinar-se, volte a atenção para o exterior, sem contaminação de julgamentos ou avaliações internas.

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Por Andréa Oliveira