As pessoas se diferem umas das outras, entre outras coisas, pela forma de se sensibilizarem a deter determinados estímulos
As pessoas se diferem umas das outras, entre outras coisas, pela forma de se sensibilizarem a deter determinados estímulos. Umas sentem um perfume e lembram de alguém, outras lembram de cenas incríveis da infância, ou, ainda, emocionam-se com o sabor de um alimento ligado a um fato afetuoso do passado. A este fato dá-se o nome de memorização e aprendizado.
“Todos eles, por sua vez, envolvem os sentidos que compõem os canais de comunicação auditivo, visual e cinestésico (paladar, olfato, tato e sensibilidade)”, afirma o professor Marco Antônio Barbosa, do curso Técnicas de Memorização, produzido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Para que o cérebro consiga arquivar uma informação, nada melhor que retirá-la de sua rotina habitual, ou seja, atribuir-lhe uma característica bastante diferenciada. Quando se pensa em uma cadeira, por exemplo, o cérebro associa a imagem a um conceito comum de uma cadeira.
Agora, quando se imagina uma cadeira fazendo um barulho e tremendo ao ser sentada, numa sala de concerto musical onde todos ficam em silêncio, o cérebro é obrigado a trabalhar no desenvolvimento dessa cena e, com isso, a internalização é mais eficiente, o que facilita o aprendizado.
Fazendo desta forma, se estará estimulando a criatividade e a memória. As informações, quando na forma de fatos incomuns, tornam-se mais fáceis de serem lembradas. Nosso cérebro, portanto, retém com mais eficiência o que é incomum ou anormal para nós.
A Ontogenética é a memória adquirida pela experiência ou treinamento pelo qual se desenvolve e adquire todo o conhecimento
Existem dois tipos de memória, a Filogenética, que é a memória passada pelo registro genético do ser humano, como o fato de o recém-nascido procurar o seio materno para alimentar-se e a Ontogenética, que é a memória adquirida pela experiência ou treinamento pelo qual se desenvolve e adquire todo o conhecimento.
Cada indivíduo tem suas referências, uns preferem reter mais dados sobre esportes, outros sobre ciências e outros, matemática. As diferentes etapas da vida das pessoas é que influenciam no prazer de aprender determinados assuntos. No entanto, alguns fatores contribuem, consideravelmente, para o desenvolvimento dessas características no indivíduo, tais como:
O aprendizado e a inteligência
Todo tipo de aprendizado, por sua vez, tem seu ponto inicial na memória natural e individual de todo ser humano. Esta é, então, a base de todo o processo e a inteligência, por sua vez, é um dom elástico e quanto mais a exercitarmos, melhor serão nossas respostas. Neste sentido, a memória funciona da mesma forma.
A atenção
O desenvolvimento da atenção age como uma “peneira”, selecionando o que vai ser observado. Nossa atenção é mais voltada para estímulos condizentes com nossos interesses pessoais e valores. Para obter melhores resultados de memorização, devemos buscar interesses diversos daqueles que tendemos a ter, ou seja, diversificar nossos interesses como aprender música, fazer teatro, estudar outras línguas, praticar esportes etc.
A concentração
Já a concentração, nada mais é que a aplicação intensa da inteligência em um assunto. Para exercitá-la, deve-se buscar um ambiente que ofereça o mínimo de apelo com relação ao estímulo a ser memorizado. A postura relaxada também auxilia no grau de concentração.
A observação
A observação está diretamente vinculada ao que se está fazendo em um certo momento. Você já observou a diferença quando você dirige um carro ou está de carona? Quando está de carona, você observa detalhes que nunca tinha visto. Quando você dirige, sua atenção está voltada para o trânsito e você acaba observando pouco nos detalhes do ambiente.
A memorização
No processo de memorização e aprendizado, é possível fazer uso de certas técnicas que facilitam todo o processo. Essas técnicas são ferramentas que auxiliam na memorização de estímulos. Algumas pessoas a rejeitam por classificá-las de artificiais e tecnológicas. Na verdade, todos lançamos mão delas automaticamente no dia a dia usando rimas, imagens associadas e recodificação (pessoa com mesmo nome do seu filho, você não se esquece).
Sistema sequencial de memorização
O sistema consiste em ligar as palavras que se quer memorizar através da criação de imagens sequenciais. A primeira e a última imagem tem que ser a mais forte. Para não se esquecer, use a sua imagem como a primeira e última imagem. Uma imagem é ligada à outra de forma que interaja sempre com a próxima, sem se preocupar como foi sua ligação com a anterior. É importante criar imagens bizarras, incongruentes e improváveis. O cérebro fica estimulado com estas imagens. No processo criativo, usa-se também este tipo de ação. É uma mudança total de paradigma. É importante usar e abusar das regras de mudança de estilos, desproporção, exagero, substituição e movimento.
Princípios para o desenvolvimento da atenção
O ambiente fornece uma gama quase infinita de fenômenos (informações, fatos, barulhos, pensamentos, etc.) que causam em nós o que chamamos dispersão. Cada indivíduo é dotado de capacidade diferente de selecionar estes fenômenos e considerá-los isoladamente dos demais.
A isto se dá o nome de atenção, que é a capacidade de concentração da inteligência em um só objeto. As pessoas, nestes momentos, costumam se “desligar” tanto, que nem percebem movimentos, pessoas, sons à sua volta e esta atenção é confundida com distração.
A atenção/concentração exige maior dispêndio de energia da pessoa à medida em que é maior o tumulto do ambiente. Por isto, o ideal é diminuir ao máximo estes inconvenientes, procurando um local mais tranquilo, quando precisar concentrar.
O ambiente fornece uma gama quase infinita de fenômenos (informações, fatos, barulhos, pensamentos, etc.) que causam em nós o que chamamos dispersão
Dentre os princípios fundamentais da atenção, destacamos:
Concentração: normalmente, a atenção se fixa em um objeto, podendo se fixar em dois objetos com perda de eficiência, como ler ouvindo música.
Intermitência: por não se manter fixa durante longo tempo sem perder a eficácia, é necessário ter um período de descanso por período de atenção. No descanso, fazer coisas diferentes como alternar estudos/leitura com passeio, música, entre outros.
Interesse: a maior atenção está ligada diretamente ao maior interesse por um objeto. Cabe a cada pessoa criar e desenvolver seu interesse e mecanismo de atenção em sua área de leitura e estudo.
Confira mais informações, acessando os cursos da área Treinamento Profissional.
Por Silvana Teixeira
Este conteúdo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mídia, eletrônica ou impressa, desde que contenha um link remetendo para o site www.cpt.com.br.
Cursos Relacionados
Deixe seu comentário
Informamos que a resposta será publicada o mais breve possível, assim que passar pela moderação.
Obrigado pela sua participação.