Educação financeira para crianças? Sim!

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O consumismo tem atingido níveis cada vez mais expressivos, mas tem causado uma consequência muito desagradável: só no ano passado, 62 milhões de pessoas estavam com o CPF negativado, segundo levantamento do SPC e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas. Esse número assustador deve-se ao fato de que, além da obsessão por compras, as pessoas não sabem administrar suas finanças.

Com isso, muita gente cresce sem saber administrar seu dinheiro e acaba aprendendo somente depois de se endividar. Então, por que não ensinar educação financeira para as crianças?

Michelle Lelis, professora do Curso CPT Educação Infantil – Educação Financeira e Empreendedorismo, esclarece que é com a educação financeira que a criança tem chance de aprender a planejar gastos e a consumir de modo responsável, livre da alienação consumista. E ensinar educação financeira proporciona maturidade para evitar situações de irresponsabilidade financeira e ainda ensina a se gastar com prazer, a investir, a doar, a poupar e a ser mais feliz.

Com algumas dicas simples, você já pode começar a ensinar seu filho a aprender a cuidar do seu dinheiro:

Jardim de infância

Logo no começo da vida, muitos pais têm a ideia de que a criança ainda não deve saber o que é dinheiro. Porém, quanto mais cedo elas aprendem a lidar com ele, menos problemas elas terão no futuro.

- Cofrinhos transparentes: o clássico porquinho não apresenta às crianças o estímulo visual de acúmulo de dinheiro. Por mais que estejam sempre colocando moedas lá, elas não têm a visão de que seu dinheiro está aumentando. A solução? Compre um cofrinho transparente. Assim, elas poderão ver que hoje elas têm 10 moedas, amanhã, 15, e por aí em diante.
- Mesada: geralmente, crianças nessa fase da vida não estão interessadas nesse tipo de “presente”. Você pode dar dinheiro para que coloquem no cofrinho ou dar alguma quantia pequena e explicar que ele pode usá-la para comprar um doce ou um brinquedo, não os dois.
- Exemplo: seu filho tem um cofrinho? Tenha um também! Dê exemplo e mostre a ele que você também está economizando dinheiro. A partir disso ele entenderá que o hábito de poupar é normal.
- Valor: mostre ao seu filho que as coisas, de fato, custam dinheiro. Pegue parte do dinheiro de seu cofrinho e leve-o a uma loja de brinquedos ou a uma doceria e mostre a ele na prática como tudo funciona.
- Brincadeiras: há vários jogos que também despertam um pouco o “instinto financeiro” nas crianças, como o Banco Imobiliário. Brinque com ele!

7 aos 13 anos de idade

Nessa fase da vida, com certeza seu filho já sabe o que é dinheiro e deve aprender a conquistar o seu e as consequências ruins do endividamento.

- Mesada: agora sim você já pode estipular um valor para dar a seu filho, para que ele use da forma como achar melhor. Nas primeiras semanas, porém, peça para que ele te mostre como gastou, para que você possa orientá-lo nesse “primeiro momento”.
- Método dos frascos: separe alguns frascos e entregue a seu filho para que ele defina, por exemplo, quais são suas “metas” com o dinheiro. Seja uma viagem, um brinquedo, um celular, ensine a dividir o seu dinheiro em cada um desses potes para que consiga juntar até atingir seu objetivo. Certamente, alguns frascos requerem mais dinheiro (uma viagem, por exemplo), mas, com esse método, ele já começará a aprender isso.
- Comissões: ofereça um valor para cada tarefa de casa que seu filho realizar, como limpar seu próprio quarto ou organizar seus brinquedos. Isso o ajudará a compreender que o dinheiro precisa ser conquistado.

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Educação Infantil – Educação Financeira e Empreendedorismo
Finanças na Família – Administração e Controle
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Fonte: Escola da Inteligência – escoladainteligencia.com.br
por Renato Rodrigues