Desidratação em idosos: diagnóstico e prevenção

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Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em artérias e veias. Por isso, o corpo “pede” água. A informação é passada ao cérebro, com isso, sentimos sede e saímos em busca de líquidos.

“Os idosos possuem menor reserva hídrica e, como complicador, ainda que estejam desidratados, eles não sentem vontade de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem”, afirma Renan Sallazar, professor responsável pelo Curso CPT Capacitação de Cuidador de Idosos.

Logo, seus mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas.

Alguns idosos, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água. Com isso, desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo.

Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarreias, vômitos ou exposição intensa ao sol. Basta o dia estar quente e, ou a umidade do ar baixar muito, para que o evento possa ocorrer.

É nessas situações que se perde mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa. Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e as funções de todo o seu organismo.

Os idosos devem tornar voluntário o hábito de beber líquidos, ingerindo-os toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido, entenda-se água, sucos, chás, água de coco, leite.

Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é ingerir algum líquido a cada duas horas. Os familiares devem oferecer constantemente líquidos aos idosos, pois, isso é vital.

Ao se perceber que os idosos estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficando confusos, irritadiços e “fora do ar”, preste atenção! Provavelmente, esses sintomas são decorrentes de desidratação. Dessa forma, administre rapidamente algum líquido e procure um médico.

Sinais do idoso desidratado

- Fraqueza;
- Gemedeira;
- Aumento da agitação psicomotora;
- Indisposição para realização das atividades diárias;
- Dores de cabeça;
- Boca seca ou com pouca saliva;
- Choro sem lágrimas;
- Diminuição da urina ou urina concentrada (de cor e odor fortes);
- Diminuição da pressão arterial;
- Aumento da frequência cardíaca;
- Letargia e sonolência;
- Pele que, ao pinçar com os dedos, demora a voltar ao normal.

Consequências da desidratação

- Sonolência excessiva;
- Confusão mental;
- Morte.

Realizando a hidratação

- Oferecendo e insistindo com a ingestão de pelo menos 1 litro de água ao dia, fracionado em pequenas quantidades;
- No caso de recusa à água, substitua por chá de frutas, pois chás de ervas podem interagir com medicamentos utilizados pelos idosos;
- Oferecer fruta amassada, picada, liquidificada ou cozida (a fruta é rica em líquidos);
- Oferecer leites (o idoso costuma aceitar bem o café com leite);
- Oferecer suco de fruta natural. Aproveite os horários das 10h, almoço e jantar;
- Se o idoso apresentar disfagia (dificuldade de deglutição) e necessitar de líquidos espessados, faça-os acrescentando banana, mamão ou abacate aos sucos de frutas naturais ou leite (vitamina).
Ofereça na consistência de creme.

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Por Silvana Teixeira.