
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, os idosos acima dos 70 anos de idade estão entre os que mais cometem suicídio no Brasil, de modo que, a cada 100 mil pessoas, 8,9 mortes são de membros da terceira idade. Algumas das causas por trás desses números são o abandono familiar e a depressão desencadeada não só por isso, mas pela ociosidade e sensação de inutilidade.
É preciso que todos, principalmente o governo, se lembre de que a pirâmide etária nacional está se invertendo, ou seja, logo, estimativamente a partir de 2030 (IPEA), a população brasileira contará com mais idosos que crianças. Esse fato é só uma das provas de que já era para a sociedade em geral estar levando a sério os cuidados com os anciãos, que hoje somam 29,4 milhões (14,3% da população).
Nos últimos anos, muitas mudanças ocorreram na sociedade brasileira. Os avanços nas políticas públicas de saúde e na organização social trouxeram melhorias das condições sanitárias, fazendo com que a população obtivesse mais acesso aos serviços de saúde, resultando no prolongamento da vida das pessoas. Paralelamente a isso, com as pessoas vivendo mais, doenças típicas da velhice, como as crônicas não transmissíveis, vêm se destacando por gerar incapacidades, dependência física, cognitiva e emocional, reduzindo assim a qualidade de vida da pessoa idosa e das pessoas envolvidas no cuidado deles. O cuidar do idoso, nessas condições, exige conhecimentos específicos, com base técnico-científica.
Nesse contexto, Renan Sallazar, professor do Curso a Distância CPT Capacitação de Cuidador de Idosos, explica que “o perfil da pessoa idosa representa grandes desafios para a família, pois gera gastos crescentes, além de provocar desgaste em seus familiares e cuidadores que, por sua vez, tornam-se pacientes em potencial. Nesse sentido, a procura por trabalhadores capacitados para cuidarem dos idosos, por parte das famílias é crescente, visto que o número dessa demanda vem aumentado gradativamente, à medida que passam os anos.”
Entende-se por cuidadores capacitados não apenas aqueles que possuem um diploma ou que dominam corretamente o modo como procedimentos diários de higiene, alimentação, entre outros, devem ser aplicados. Acima de tudo, a lida com pessoas senis requer sensibilidade, delicadeza, carinho, paciência e compreensão. Obviamente não se deve jogar a responsabilidade afetiva apenas nos ombros de seu cuidador, uma vez que é preciso que a família também cumpra seu papel para a efetiva qualidade de vida física e mental dos idosos. Entretanto, é preciso ponderar que, muitas vezes, a maior parte das horas do dia do idoso é ao lado do cuidador.
A ética desse profissional deve sempre remeter a alguns preceitos, como
- Respeitar o direito do idoso em relação a sua privacidade e pudor.
- Defender que o cuidar do idoso não é cuidar de máquinas ou objetos ou alguma coisa sem vontade e desejos próprios.
- Limitações/dependência do idoso.
- Valores religiosos dos idosos.
- Solidariedade.
- Identificar o idoso pelo nome.
Os conhecimentos e as ações sobre a ética devem basear-se no respeito, no afeto e na sensibilidade, com o intuito não apenas de curar a doença, mas de promover a saúde desse indivíduo.
Para cuidar devidamente do outro, é necessário vê-lo em um todo; é essencial conhecer o outro, mas, para isso, é vital conhecer a si próprio, o que não se desenvolve em treinamentos ou reciclagens técnicas, mas sim através de uma relação de emoção e razão entre o cuidador e o idoso.
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Fonte: Folha de São Paulo - www1.folha.uol.com.br
Por Bruna Falcone Zauza
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